Pensamento do dia 03-06-2013
UM GOLPE NA EMPREGABILIDADE
UNIVERSAL
Que a empregabilidade universal
há tempos vem padecendo de séria enfermidade, talvez incurável, do modelo
econômico/social adredemente conduzido, disto os pensadores percucientes já o
sabiam! Todavia, de vez em quando, desavisadamente “a mídia” escorrega e
“mostra graciosamente” ao povo que o atraso é bem mais intenso do que se imaginava!
A “maior rede” de Televisão, por seu programa da manhã de hoje da conhecida
gastrolatra entrou num sensível tema social da empregabilidade. Em outras
palavras, o programa, como se fosse um pequeno probleminha social, estava
entrevistando na rua e em gabinetes um grande número de “gestores de Recursos
Humanos” para saber como se faz no país o recrutamento de pessoas para as mais
variadas funções e cargos, claro que da iniciativa privada. A constatação foi aterradora ao saber que a
maioria esmagadora o faz através do mesmo “jeitinho brasileiro”, ou seja, pela
via do conhecido Q.I., isto é, não do “quociente de inteligência” e sim de “quem
indica”. E ainda alguns responsáveis pelo setor RH afirmaram acreditar que sic
“assim é muito mais seguro”. Agora eu pergunto, seguro em que? Será que é para
não correr o risco de recrutar uma pessoa com antecedentes criminais e/ou com
vícios graves como o das drogas pesadas? E ainda fui obrigado a ouvir da
interlocutora que sic “o Q.I. é um poderoso instrumento de recrutamento de
pessoas, mais do que muita gente pensa”! Em que mundo nós estamos?! Será que “o
sistema do mérito” ou a meritocracia” como idealizou o Prof. Belmiro Siqueira
(1) foi apenas um fugaz sonho dos justos
“para encenar” que o mundo precisaria crescer em sabedoria e espiritualidade? Será
que isto em termos sociais é um das razões por que alguns deputados tentar
alijar o concurso da Administração Pública do já conspurcado Estado brasileiro?
Mas, afinal, onde está a verdadeira causa das “grandes enfermidades sociais”?
Está justamente nas “causas primeiras”. Se o mercado de trabalho brasileiro
tivesse se desenvolvido juntamente com outras sólidas bases sociais, os
ímprobos não precisaria hoje estar arquitetando condições para que,
paliativamente, pudesse conseguir solucionar os graves problemas da
empregabilidade, todavia para seus grupos de apaniguados. Ora, se os dirigentes
deste país, desde os tempos pré-imperiais tivesse desenvolvido um país com
bases sólidas na educação de base, na infraestrutura residencial de qualidade, na
assistência integral à saúde, ao saneamento básico etc., teriam hoje,
inevitavelmente, ambiente propício ao desenvolvimento de um mercado de trabalho
sem as mazelas que temos hoje. (Veronesi, I. (2))
(1) Atuou na área federal; foi funcionário de carreira, aprovado sempre em
primeiro lugar em seleções a que se submeteu, inicialmente como assistente administrativo e técnico de
administração, denominação primeira do que é hoje o administrador. No DASP
(Departamento Administrativo do Serviço Público) ocupou vários cargos, dentre
eles o de diretor geral nos anos de 1967 e 1968. Na área estadual foi assessor/consultor de vários
governos, com destaque para o Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de diretor da
Escola de Serviço Público do então Estado da Guanabara (1966). Foi colunista
de vários jornais,
sempre escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação. Autor de vários
trabalhos sobre administração foi professor em várias faculdades. No Conselho Federal de Administração
(CFA) foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e, assim que assumiu,
foi levado pelos seus pares a vice-presidência, permanecendo até 1987, ano de
seu falecimento. Na ocasião, encontrava-se no exercício do cargo de presidente
do CFA.
(2) Veronesi, Ivan, além de ser um humilde
pensador, também é Tributarista, Auditor Fiscal de Tributos aposentado,
Professor, Bacharel em Sociologia e Administração Pública, Contador, Professor de nível médio e superior
com Licenciatura Plena e pós-graduado em Administração Pública, com ênfase em
Administração Tributária Municipal.
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