quarta-feira, 26 de junho de 2013


...E A IMORALIDADE E IMPROBIDADES CONTINUAM...

        A imoralidade e a improbidades aqui no Paraná continuam pululando. As manifestações de revoltas parace que não foi sufiente para abalar em nada o comportamento de certos “politiqueiros e homens públicos” deste Estado, alías um “Estado de amor com seus interesses”.  Vejam vocês as últimas publicadas pela “mídia”. Agora, o Governo do Paraná está direto na TVs (matérias pagas ou não!?) publicando que fez a maior “revolução no transporte coletivo” da capital. A revolução a que o mesmo se refere “foi conseguir” manter uma tarifa, cuja “planilha de custo” eivada de inconsistência por seus “itens despesas”, só agora está sendo analisada de forma mais ou menos insatisfatória. Diz o Governo na sua abastada propaganda que conseguiu reduzir os preços das passagens, já que foi o primeiro a repassar subsísio de R$ 76.000 milhões (ainda confessa!) e isentar as empresas do ICMS sobre todo material de consumo e demais tributos incidentes sobre suas atividades. Ainda de quebra a Câmara Municipal de Curitiba publicou que “vai doar” R$ 10.000 (dez milhões) de seu Orçamento para minimizar a crise do transporte. Que festa! Quanta improbidade em torno de um único caso, ou seja, de mobilidade urbana, que hoje, numa capital e RMC por volta de 3 (três) milhões de habitante não possui trens metropolitanos (o menos indicado); não possui trens elétricos modernos e não poluentes de periferia (norte/sul/lestre/oeste), nem tampouco um projeto efetivo e eficaz de longo prazo para contemplar uma região metropolitana que certamente em 2030 terá mais de 5 (cinco) milhões de pessoas em seu espaço.

        Diz os constitucionalistas que embora um “ato ilegal” não fira diretamente um dispositivo legal, mas venha de encontro a vários principios constitucionais, a aplicação desses principios por ser base das disposições legais, podem se transformar em “normas-princípios”, aplicando-se aos casos que se lhes apresentam maior afinidade (1).

        Mas, voltemos às imoralidades e improbidades paranaenses. Nas propagandas do Governo do Estado aparece um personagem que foi adversário do candidato do Governador do Estado à Prefeitura dizendo que vai aplicar dezenas de milhões de reais na “mobilidade urbana”, com certeza almejando se candidatar, apoiado pelo atual, ao Governo do Estado. Quanto aos 76 milhões que o Governo do Estado propaga ter subsidiado ao “transporte coletivo de Curitiba” foi na verdade uma operação eivada de ilegalidade e imoralidade. Mesmo que os “operadores dos mecanismos” de transferência tenham se cercado de cuidados para não cair na ilegalidade, da improbidade e imoralidade jamais os escaparão, pois gestores públicos não podem subtrair recursos de um âmbito público para subsidiar outro, mas por trás disto estar “engordando os lucros” de empresas particulares, além de atentar contra o sagrado princípio constitucional da “isonomia”.

        A “doação a titulo de colaboração” da Câmara Municipal de Curitiba para amenizar a crise do “transporte coletivo” de Curtiba então não tem parâmetros como “medidas bizarras” ao longo da história pública de Curitiba. Ora que festa com o dinheiro público! Se os parlamentares da CMC, dirigentes ou não, são leigos em Administração Orçamentária Pública que façam cursos nesse sentido para não chancelar uma besteira deste tamanho! Sabam os mesmos (Vereadores ou não) que em matéria de Administração Pública os gestores investidos destes poderes só podem “praticar atos que a lei permite”, além de que os mesmos devem ser “devidamente motivados”.      Esta presunçosa doação de 10 milhões de reais equivale ao caso de uma Prefeitura qualquer ter no orçamento para Obras Públicas R$ 50 milhões, todavia como só gastou 40 milhões, a sobra de 10 milhões vai-se transferir (doar) para atender às reformas e melhoria do “Estádio Zé Mané”. Pode? Claro que não pode! O Orçamento Público é uma “peça técnica” para o planejamento e rigoroso desembolso financeiro que não comporta elasticidade ou manobras fáceis, a fim de impedir meios escusos aos descaminhos de recursos.

        Outra! A “mídia” televisiva publicou ontem a entrevista do Sr. Valdir Rossoni, Presidente da ALPR, sobre o futuro preenchimento de uma vaga de Conselheiro no Tribunal de Contas (TCE). Ao ser interpelado pelo Reporter disse êle sic “não vejo para o cargo diferença nenhuma entre um político e um técnico”...e continua, sic “o próximo Conselheiro provavelmente será um Deputado”. Será que o Sr. Rossoni não vê diferença entre um cidadão do povo com “elevado saber técnico e/ou jurídico e ilibada reputação” e um deputado que não tenha estas qualificações? Ele tá brincando, certamente, não? Aí ele (Sr. Rossoni) completa sic “o próximo Conselheiro provavelmente será um Deputado”, como se antes tivesse sido outro que não de seus pares ou por “êles” protegidos. Como é que ele tem tanta certeza disso! Será que o mesmo está “reservando a vaga” para si mesmo. Não é de duvidar né? Todos sabem que a reposição de vagas no TCE do Estado do Paraná é de uma imoralidade à toda prova, já que são feitas através da troca de interesses. Primeiro, o futuro candidato fica uma, duas ou mais décadas sendo regiamente remunerado como Deputado, posteriormente é presenteado com um “cargo vitalício” (até morrer!) com uma remuneração maior ainda através da escolha do próprio Legislativo.

        Para que o leitor tenha uma idéia do que é o TCE do Paraná, uma parte das vagas dos componentes dos Conselheiros (1) é reservada para os não concursados Auditores. O estranho é que as vagas dos tais Auditores são preenchidas mediante “critérios políticos”, o tal do QI, e não pelo Sistema do Mérito (concursos públicos) como em outros Estados da Federação (2).

        Para que possamos mudar este “estado de coisas” no TCE o povo do Paraná tem que pressionar a ALPR a mudar com uma única palavra o § 1º do art. 77 da Constituição Estadual, onde diz “serão nomeados... incluir por concurso público... dentre os brasileiros que satisfação os seguintes requisitos”: (3) Não vai ser fácil tirar “esse cartório” deles, mas o povo já mostrou nas RUAS a sua força e poderá mostrar novamente que “todo poder emana do povo e em seu nome será (ou deve) exercido”.

        Porque será que aqui no Paraná “as coisas têm que ser

 diferentes”? Não é o que a propaganda milionária do Governo mostra, certo?

 
(1) http://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/composicao-do-tce/8

(2) Ver em http://tudoparaconcurseiros.blogspot.com.br/2013/05/tce-mstribunal-vai-realizar-concurso.html e


(3) § 1°. Os conselheiros, auditores e controladores do Tribunal de Contas do Estado serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:

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