PORQUE O PARANÁ É DIFERENTE?
A reação do povo brasileiro em nível de
Brasil tem como fatores semelhantes uma indignação recalcada de há muitas décadas e por que não dizer de mais de
meio século, quando Getúlio Vargas foi vítima de um “complô” capitaneado pelo
Sr. Carlos Eduardo Werneck de Lacerda, aguerrido defensor da “direita radical” e
dos interesses dos capitais internos e externos no país. De lá para cá pouca
coisa mudou em termos de avanço político em prol das legítimas necessidades do
povo brasileiro. O país sofreu transformações materiais através da qual se
agregou a chegada de novas tecnologias e produtos de ponta, mas não para
atender, mesmo que proporcionalmente, à melhor qualidade de vida das populações
citadinas. Vemos hoje, tristemente, uma “severa pirâmide”, ou seja, o país com
severas contradições que bem mostram a pouca ou nada participação do povo, mesmo
que por seus “representantes parlamentares”, nos destinos do país. Em face
disso, encontramos um modelo viário inadequado e falido, escolas tanto
públicas, como particulares, quando não sacateadas, de péssima qualidade, uma
assistência pública à saúde que beira ao caos em que deixa tanto os “usuários”
quanto os servidores em perene desalento e permanente estresse. Quanto ao
modelo viário, temos sucessivos governos, mesmo por surpresa os do PT,
previlegiando e entregando o transporte coletivo das cidades e do campo, a
empreendimentos privados, que não apresentam (a propósito) projetos que
solucionem em definitivo à mobilidade do país. No Paraná, no entanto, em
especial em Curitiba, temos uma situação inusitada, pois só dispomos de um
sistema de transporte à base de ônibus de superficie que, somado ao número de
veículos particulares (automóveis, ônibus e caminhões) rodando na urbe e
disputando as mesmas precárias vias, trazem o caos em dias de chuvas e/ou de
grandes eventos urbanos. Mas, tem mais, no Paraná em especial, o povo das
regiões metropolitanas (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel etc.) submeteu-se
também desde antanho aos sofridos percursos no transporte coletivo e entre as
mesmas (cidades) dentro do Estado com ausência quase total de ferrovias e
hidrovias, mas “servidas” por rodovias mal conservadas e muitas delas
pedagiadas de forma onerosa. Além disso, temos situações inusitadas como, por
exemplo, um transporte coletivo na base de ônibus pequenos, médios e longos,
estes conhecidos como expressos/vermelhões (frangos destroncados) que somados a
imensa quantida aos veículos já diariamente nas ruas e avenidas da RMC (Região Metropolitana),
já estamos enfrentando o caos em “horários de pico”. Registre-se que este
transporte coletivo é mantido pela URBS, uma empresa de economia mista
municipal, que coordena a circulação de inúmeras empresas particulares. Mas
tanto a URBS como as empresas são “Caixas Pretas” protegidas há décadas pelos
governos anteriores, já que não são nada transparentes, nem nunca apresentam as
legítimas “Planilhas de Custos” e, quando o fez há décadas, de forma intransparente,
o foi mediante um persistente constragimento do Governo Municipal da época que
não aceitava “manobras de direita” apoiada por uma “classe empresarial”, há várias
décadas “encastelada” no poder. Apareceu este mês aqui no Paraná outra “vergonheira
ainda maior” quando as Empresas/URBS, promíscuas entre si, ameaçaram aumentar o
preço das Tarifas das passagens. Neste caldo social de “vai e vem e brigas”
fomos “obrigados a deglutir” a notícia que o Senhor Governador do Estado vinha
subsidiando com R$ 65.000 milhões anuais (1), de forma ilegal, o transporte
coletivo da Capital, visando a vitória de seu candidato. Totalmente ilegal antes,
quando tirava recursos da “Receita Consolidada” do Estado (outro Poder) “para
amainar” a sanha voraz de um sistema privado que sempre quer mais, em confronto
direto à LRF. Em meio às batalhas da opinião pública e de partidos aliados e não,
conseguiram em “Regime de Urgência” aprovar uma Lei sem atentar rigorosamente
aos termos dos dispositivos do art. 150, II e § 6º da CF, sendo o primeiro
sobre o “tratamento desigual” e o segundo sobre os “critérios específicos” do
benefício. Em ambos os casos, esta “transação”, digamos assim, afrontou todos
os princípios constitucionais, em especial os da moralidade, eficiência e rozoabilidade,
já que o Estado subtraiu “recursos financeiros” aprovisionados pelos
contribuintes, para “engordar” os lucros de empresas particulares.
E os pedágios paranaenses, então! Estes
fazem a maior afronta ao povo (cidadãos) paranaense, pois os mesmos vêm a décadas
cobrando a maior tarifa do país
e por isso já fizeram uma monstruosa transferência imoral em bilhões de
recursos financeiros sacados dos bolsos dos paranaenses, já que protegidos
pelas “amarras leoninas inquebrantáveis” de um “eficaz contrato” patrocinado
por um governo promíscuo do passado. Na gestão governamental antecessora, uma
das “concessionárias” denominada ECOVIA entrou em choque com o Governo do
Estado na tentativa deste de negociações para melhores condições contratuais. O
Estado ameaçou o rompimento Contratual da Concessão na Justiça, mas recuou
diante da exigência de multa contratual por volta de 3,8 (três bilhões e
oitocentos milhões). A esdrúxula impressão fantasmagórica que ficou no ar deste
adorável planalto curitibano, é a dolorida pergunta por que para não apoiar o
Governador à época, os que “sofriam e sofrem na carne” o pesado ônus do pedágio
por extensão dariam vitória aos “Glutões” do pedágio? As concessíonárias de pedágios
no Paraná ainda no III Milênio continuam “caixas pretíssimas”, mas apoiadas por
classes conservadoras inimigas da população e, pasmém, por um Legislativo
altamente tendencioso e corrupto, cujo presidente numa monobra “mais que
suspeita”, por falta de assinaturas pedintes, arquivou ontem (18 de junho de
2012) a frágil CPI dos pedágios. No mesmo dia, cinco Deputados engrossaram o
pedido da CPI, completando o número suficiente para sua instalação, mas o
Presidente da AL, Sr. Valdir Rossoni disse que “estava definivamente arquivada”,
sendo na verdade era o que ele mais queria! (1) (Veronesi,I. – um simples
pensador)
Rede integrada
10/05/2013 18:00:00
A Prefeitura de Curitiba vai subsidiar em R$ 22,7 milhões, nos próximos 10 meses, a Rede Integrada de Transporte (RIT). O valor corresponde a 33,4% do total necessário (R$ 68 milhões) para garantir a integração e a tarifa única de R$ 2,85 para usuários de 13 municípios da região metropolitana.
Com a medida, a Prefeitura contribui para garantir a integração do transporte metropolitano, uma vez que os recursos que serão repassados pelo governo do Estado são insuficientes para evitar o reajuste da tarifa metropolitana. Assim, o governo estadual, que no ano passado assumiu integralmente o custo do transporte metropolitano, neste ano contará com a ajuda do município de Curitiba para fazer frente a este custo.
“Estamos fazendo um grande esforço para evitar o reajuste da tarifa metropolitana. Pessoas que moram nos municípios vizinhos e trabalham na capital têm o direito de pagar o mesmo valor que os usuários de Curitiba. A responsabilidade pelo gerenciamento da RIT é do governo do Estado, mas estamos assumindo um terço do subsídio”, afirma o prefeito Gustavo Fruet.
A renovação do convênio, pelo qual o Governo do Estado delega à Prefeitura de Curitiba a operação da RIT pelos próximos 10 meses, será divulgada por Gustavo Fruet e pelo governador Beto Richa na manhã deste sábado (11), no Palácio Iguaçu.
Os mais de R$ 22 milhões que serão aportados pela Prefeitura de Curitiba virão da arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) e do Fundo de Urbanização (FUC).
O Governo do Estado entrará com outros R$ 40 milhões de subsídio em 10 meses. A isenção do ICMS sobre o diesel representará, até fevereiro de 2014, uma ajuda adicional de R$ 5,4 milhões para equilibrar o déficit da RIT.
A tarifa de R$ 2,85 cobre o custo do transporte de Curitiba, mas é insuficiente para cobrir o custo real por passageiro, que sobe para R$ 3,12 em função da inclusão dos 13 municípios da região metropolitana.
Além de arcar com um terço do subsídio, a Prefeitura de Curitiba, por meio da Urbs, assumirá ainda o gerenciamento das operações na RIT das 18 empresas contratadas pelo Governo do Estado.
Convênio
O convênio que será anunciado neste sábado (11) é um instrumento legal, sem o qual a Urbs não poderia gerenciar o transporte coletivo fora dos limites da cidade ao mesmo tempo em que os ônibus metropolitanos não poderiam usar a estrutura da RIT.
A estrutura da Rede Integrada de Transporte é formada por 81 quilômetros de canaletas, 30 terminais de transporte, 362 estações tubo e nove mil pontos de parada de ônibus. A RIT tem uma frota de 1.930 ônibus e registra por dia 2,3 milhões de passageiros transportados. São, por dia, 21 mil viagens e 473 mil quilômetros percorridos pelos ônibus.
Fazem parte da RIT, além de Curitiba, os municípios de Almirante Tamandaré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais. Estes municípios contam, na Rede Integrada com 105 linhas, 570 ônibus e 460 mil passageiros transportados por dia útil.
(Veronesi,I. – um simples pensador)