O que pensa que é o
Capital, certamente é tendencioso a ser um “inocente/útil” que ainda
não sabe a que veio às chamadas civilizações. É bom que todos saibam que nas
civilizações mais antigas era o próprio trabalho que gerava o capital, já que o
fomento das atividades empresariais não podia contar com fartos financiamentos.
Ah! Mas o Capital a serviço da sociedade foi uma grande ideia que
veio desenvolver as cidades e regiões do mundo. Também concordo em termos,
já que setenta por cento da humanidade vive na extrema penúria e miséria! Para
os trinta por cento da classe média e acima, bem como os que acumulam capitais,
é boa, todavia o modelo sabia que ia ter que criar aparatos de alto custo para
conter a insatisfação e até revoltas dos excluídos. Para quem ainda não está
consciente, o trabalho, mesmo os mais rústicos, veio com os “Homens das
Cavernas” que mantinha o seu “clã” com a busca (trabalho) da caça e pesca. O
capital veio milênios e milênios depois em forma de trocas como apareceu na
civilização fenícia e, posteriormente, os bancos rústicos no império
romano e na Grécia que se desenvolveu primeiro com o “escambo” depois com as
trocas nas “bancas” de pedras e metais raros (preciosos) por gêneros
alimentícios e animais vivos. Todavia, as pessoas dispersas no campo a fim de
reunir melhores condições de sobrevivência visando um maior conforto, buscaram as
aglomerações em vilas e cidades. Daí para cá as transformações apareceram
a passos largos em todos os segmentos da atividade humana. Com isso, também os
bancos também se transformaram em pequenos, médios e
até grandes conglomerados com as características que os Bancos
possuem hoje. Mas parece que o Capital nunca reconheceu o grande
valor do labor (labore), tanto que até hoje os sérios embates entre os dois tem
sido as maiores dissenções entre capital e trabalho. Na verdade, um Estado
que, mesmo inconscientemente, não valoriza o trabalho como o maior parceiro do
capital fatalmente estará fadado a entrar em ruína. (Veronesi,
I.)
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