domingo, 17 de julho de 2016

CIDADANIA EUROPEIA SÓ AOS PROBOS...


É impressionante a quantidade de cidadãos que obtém cidadania europeia, em especial a italiana, todavia não possuem requisitos de probidade para tal desiderato. Refiro-me a políticos brasileiros que conseguem em face de influência politica a uma cidadania europeia e se formos ver o seu passado descobrimos marcas que desabonam sua conduta. É o caso, por exemplo, de Renata Eitelwein Bueno, filha do Deputado Rubens Bueno. Note-se que a mesma não usa o sobrenome italiano e nem conseguiria, pois a ancestral italiana é uma avó de Renata Bueno que obteve a cidadania italiana apesar de sua avó paterna, filha de um imigrante oriundo da região de Treviso, ter nascido antes da constituição republicana italiana de 1948, que reconheceu aos descendentes de mulheres italianas o direito à nacionalidade. Filiada ao Partido Popular Socialista (PPS) no Brasil, elegeu-se vereadora em Curitiba nas eleições municipais de 2008, com 4.984 votos. O povo curitibano negou-lhe segundo mandato nas eleições municipais de 2012, quando obteve apenas a primeira suplência do PPS com 4.791 votos. Renata decidiu, então, concorrer à vaga na Câmara dos Deputados da Itália pela quota de representação dos italianos no exterior. Como não conseguiu lugar na lista do Partido Democrático de Pier Luigi Bersani, ingressou no movimento cívico USEI (Unione Sudamericana Emigrati Italiani) como primeira candidata. Os 18.077 votos recebidos no distrito eleitoral da América do Sul em fevereiro de 2013 asseguraram-lhe cadeira no parlamento italiano. Só que até hoje não vi esta moça publicar suas realizações em favor “degli italiani residenti all'estero”. Por outro lado, lembro que, quando ela (Renata) era Vereadora em Curitiba, era comum encontrar-se em viagens de estudos e cursos na Itália a expensas de verbas do cargo da Câmara Municipal de Curitiba e agora como Deputada do Parlamento Italiano faz propaganda política em favor de seu pai Rubens Bueno a expensas do erário do Estado italiano. Ora, se for do PPS pode confiar!
“Deputado Federal” Eduardo Cunha. Seu nome por inteiro (verdadeiro) é Eduardo Consentino da Cunha. Nascido no Rio de Janeiro em 20 de setembro de 1958 é filho de Elcy Teixeira da Cunha e Elza Cosentino, descendente de imigrantes italianos oriundos de Castelluccio Inferiore na região da Basilicata. Devido à ascendência italiana, Cunha também conseguiu a cidadania italiana. Em 2013, foi eleito líder do PMDB na Câmara. No ano seguinte, entrou com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal contra o também deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) por injúria e difamação. Garotinho, em seu blog, referiu-se a Cunha como "deputado-lobista". Assessores da Câmara e lobistas com acesso a parlamentares do PMDB relatam que Eduardo Cunha registra em uma agenda a lista de empresas ligadas principalmente aos setores de energia, telefonia e construção civil, beneficiadas por sua atuação parlamentar. Ainda naquele ano, foi reeleito para mais uma legislatura, tendo obtido 232.708 votos, sendo o terceiro mais votado do Estado do Rio de Janeiro. Como radialista, tem atuado em sete rádios FM nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí e Paraná violando o artigo 54 da Constituição Federal. Em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito para a Presidência da Câmara com 267 votos. Na Presidência da Câmara Federal todos viram o empenho e eficiência com que o E.C. “a toque de caixa” conseguiu a votação do impeachment da Presidenta Dilma. Além de um “rosário de desvios de conduta” registrado pela Wikipédia – Enciclopédia Livre (1), o conspícuo deputado é o “bagre mais liso” do Congresso e já está há mais de seis meses “sob a mira” da Comissão de Ética, todavia sob a “proteção oculta” de muitos pares cúmplices, ora parece cassado ora não! Isso, sem registrar as peripécias dos outros políticos que obtiveram a cidadania italiana, como o próprio ex-presidente Lula e o Henrique Pizzolato (2), o fujão para Itália com o Passaporte do irmão morto, já recambiado para o Brasil para acertar suas contas com a Justiça brasileira. Será que estas figuras negativas proeminentes da política brasileira merecem “a cidadania italiana”? Ou os mesmos o fazem para que, numa eventual extrema necessidade, possam se valer deste título para outras finalidades.  


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