A EFICIÊNCIA DE UM
MODELO AUTORITÁRIO CAPITALISTA
Hoje (23/maio/2014) assistindo o programa
"Balanço Geral" do Jornalista Gilberto Ribeiro na RIC (TV Record) me convenci
definitivamente que a Justiça funciona muito bem para os “mais fortes”. Fiquei
revoltado e ao mesmo tempo penalizado com as cenas que vi hoje, um dia frio e
chuvoso de Curitiba, quando 200 (duzentos) soldados a mando da “Justiça Paranaense”
invadiram (literalmente) o Bairro da Caximba no município para
desalojar os moradores de terreno baldio (subutilizado), na verdade famílias
com muitas crianças, de um terreno que estava abandonado. A eficiência da Polícia do Governo
do Paraná “nesta época” é “padrão FIFA”! O impressionante é que os moradores através
de sua liderança pediram à COHAPAR, uma empresa do Estado do Paraná para
elaborar um projeto oneroso aos mutuários de conjunto habitacional de casas
populares, todavia não deram nem resposta. Que nada! Não existe dinheiro p’ra
isso! É dessa forma que nosso “Estado Democrático de Direito”, em face de
sua CF Cidadã, nas palavras do saudoso Ulisses Guimarães, trata os seus
habitantes! O povo, na verdade cidadãos só no papel (1), que enfrentam o
dia-a-dia destes aglomerados urbanos das famosas Regiões Metropolitanas
enfrentarão neste Milênio o genocídio por numerosas mortes no trânsito de
veículos, da violência por latrocínio e tráfico de drogas, das doenças transmissíveis
e funcionais por falta de assistência médica, dos fenômenos climáticos, tais
como inundações, queda de barreiras em estradas, desmoronamentos de prédios,
fome extrema etc., tudo sem efetiva assistência do Estado brasileiro. Uso a palavra “genocídio” (2) porque significa mortes em
grande escala pela ação ou omissão deliberada do próprio homem. Ou será que o
homem terreno não podia evitar todas as citadas mortes? Se você v. acha que
não, então dê a sua opinião fundamentada!
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
(1) Art. 182. A política de desenvolvimento
urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais
fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público
municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir,
nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação
compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação
com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal,
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
(2)
(ge.no.cí.di.o) sm. 1. Extermínio
total, deliberado, de uma comunidade, grupo étnico ou religioso, povo etc.: O
genocídio de judeus na Alemanha. 2. Destruição de grande quantidade de pessoas:
A Segunda Guerra foi um grande genocídio. [F.: gen(o) -1 + -cídio.] Ver em:
http://aulete.uol.com.br/genocídio . Ao longo da história ocorreram casos de
extermínio intencional e programado de grupos humanos inteiros, identificados
por algum critério arbitrado pelos exterminadores. Mas foi durante a Segunda
Guerra Mundial que essa ação ganhou cunho ideológico, isto é, uma suposta
justificação baseada numa ideia, num conceito. Judeus, ciganos, homossexuais,
entre outros, foram considerados pelos nazistas como grupos indignos de
existir, o que foi fundamentado em falsas teorias raciais, étnicas,
psicológicas etc. Milhões de pessoas desses grupos, principalmente 6 milhões de
judeus, foram exterminados sistematicamente, em fuzilamentos, câmaras de gás,
ou de fome e doença em campos de concentração. Em 1946, após o julgamento em
Nuremberg (Alemanha) dos crimes de guerra nazistas a ONU estabeleceu o
genocídio como “crime pela lei internacional", e crime contra a
humanidade", sendo seus perpetradores e realizadores puníveis por isso.
Obs. As marcas no texto não são do original.
Obs. As marcas no texto não são do original.
E os comentários onde estão? Grato, Veronesi.
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