A MOBILIDADE URBANA E INTERURBANA...
O maior crime praticado no Brasil nesse segmento foi
impedir por causas escusas, a introdução de outros modais de transportes de
pessoas e de cargas. Mas, isso não foi por acaso, nem tampouco por
incompetência de pessoas (meros gestores) (1) responsáveis por estas áreas de
atividades. O Brasil, lamentável e, adredemente, optou, ainda que de forma
precária e finita, apenas pelo rodoviário, o mais oneroso e
problemático de todos os disponíveis, sem contar que desativou o transporte
ferroviário, deixando criminosamente suas malhas, vagões e composições
ultrapassados apodrecendo e sucateados, mesmo os privatizados, como o caso de
ALL (América Latina Logística) e outras pelo país afora com finalidade
turística também precária, como é o caso da Serra do Mar no Paraná. Utilizar os
rios, que são muitos e navegáveis, nem pensar, já que este modal é menos
oneroso e, por isso, não desperta interesse à hegemonia mafiosa deste “gigante
totalmente adormecido”. Temos, amiúde, visto Capitais como Curitiba, onde nunca
se pensou em projetos como Metrôs e Trens de periferia, ou melhor, se pensou
sim, mas foram todos abortados por "pressão consentida" de segmentos
das empresas de ônibus de cinco famílias, para continuar andando nas
“canaletas” subutilizadas onde se encontra os Tubos sufocantes, sem conforto e
perigoso para a saúde dos usuários, nas quais se poderiam estar correndo os
VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). Assim, vamos suportando na cidade um “Transporte Público” (ônibus) controlado
por uma “caixa preta” chamada URBS (2), agora ainda mais protegida pelo
Prefeito eleito, cada vez pior e problemático, açodado por greves, tarifas que
aumentam aos “suspiros do petróleo”, já que este se submete a preços externos
em cotações do “dólar”, pois a Petrobrás sucateada não consegue ser
autossuficiente na produção, hodiernamente, mais do que nunca, pois o Serra
conseguiu fatiar de forma ruinosa (3) para o país a potencialidade das reservas
do Pré-sal. Sem contar que o modelo brasileiro, se é que assim podemos adjetivar,
está com suas vias totalmente congestionadas, tanto nas estradas, mal
projetadas e construídas, quanto nas vias urbanas das cidades, sendo o maior
exemplo, o de São Paulo. Se o país tivesse adotado outros modais, como, por
exemplo, os trens elétricos e rios, as rodovias não teriam o acúmulo de
veículos que temos hoje com acidentes pavorosos ceifando vidas que sobem a mais
de 50 mil por ano (4). Se não mudarem a
curto prezo, com certeza, vai ficar PIOR! Quem tem o maior interesse na
manutenção deste modal são fábricas de pneus, de ônibus, caminhões em larga
escala, distribuidoras de petróleo e outros produtos afins. Para as empreiteiras de Obras não faz diferença, já que as mesmas terão
serviços em quaisquer dos modais. A grande Paris (5), por exemplo, com 12
milhões de habitantes é uma cidade bem planejada em matéria de mobilidade. Lá
você, turista ou não, dispõe de sete modalidades de transportes, quais sejam:
metrô, trens elétricos e rodovias de periferia de alto tráfego, o rio Sena e
seus afluentes, todos utilizáveis, VLTs pelas grandes avenidas,
ônibus, táxis e Uber. Sem contar o excelente acesso ao interior do país. Quer mais? Vai lá que você vê! Mas, lá na França predomina o
“legítimo interesse público”, como é e deve ser. Aqui predomina o aleivoso “interesse
privado” dos mais corruptos.
(1) Administradores profissionais tem compromisso
com a Ciência da Administração.
(2) https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/
(4)
http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2014/09/mais-de-50-mil-pessoas-morrem-por-ano-vitimas-de-acidente-de-transito.html
(5)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Paris
E aí brasileiros polêmicos, vocês estão ânimo para debater os grandes temas que impactam o país? Ser proativo é indispensável para nossa sobrevivência.
ResponderExcluir