TRANSPORTE URBANO DE CURITIBA
O transporte
de passageiro de Curitiba foi idealizado por Jaime Lerner
(1), utilizando as mesmas ruas e avenidas da cidade,
apenas melhorando o leito das mesmas em canaletas
exclusivas e utilização de ônibus mais modernos, mais
compridos e de maior capacidade, conhecidos como
“linguições ou frangos destroncados”. A bem da verdade e
para não trair a consciência dos paranaenses de maior
raciocínio e visão de futuro é bom que se diga que o
modelo ainda em vigor foi bom para uma cidade com até um
milhão de habitantes, mesmo assim apresentando muitos
problemas de um transporte a petróleo poluente sobre o
asfalto que tem a dividir os espaços com os veículos
particulares, que na cidade de Curitiba chega 1.400 (um
milhão e quatrocentos mil) unidades, também poluentes.
Além disso, o modelo curitibano de transporte de
passageiros tem suas “estações” (pontos) em forma de
TUBOS, cujo projeto desde sua concepção e posterior
implantação nunca considerou a saúde e bem-estar de seus
operadores (cobradores) que ficam longas jornadas (6/8h)
em ambiente fechado, poluído, debaixo de sol escaldante,
sem possibilidade de ausência para suas necessidades
fisiológicas, num autêntico descumprimento à CLT (1) e as
Leis que regem a Medicina e a Engenharia do Trabalho!
Pode? Claro que não! No entanto, o transporte de
passageiro idealizado nos anos 70 rodou o mundo (na
propaganda) como sendo o melhor entre os existentes.
Lembro-me que há trinta anos passados tentei mostrar e
denunciar estas mazelas de seu projeto, todavia as “forças
contrárias” (todas aliadas) estavam a postos para
rebatê-las. Como vêm é flagrante os prejuízos sobre o
homem/trabalhador envolvido no transporte coletivo de
Curitiba, todavia, por outro lado, os Sindicatos que
deveriam estar protegendo seus afiliados e combatendo
estas mazelas não o fazem. Hoje é um transporte superado
que em horários de “picos” os ônibus, mesmo os mais
modernos e espaços, apresentam superlotação, parecendo
mais “sardinhas em latas” do que um transporte humanizado.
Sem contar que é um Transporte Público "nas mãos" de
quatro ou cinco famílias, portanto em desvio de
finalidade, sempre exercendo "lobby" junto aos
pseudo-políticos, em franca traição aos interesses
públicos, onde a intransparência predomina; as "planilhas
de custos", p. ex., incluem alguns "itens inconsistentes",
todavia um inaceitável é o Imposto de Renda que deveria
ser encargo tributário do "beneficiário da receita". Pode?
Claro que não! No entanto, é uma "administração pública
tupiniquim" no qual o povão paga tudo. Demais
disso, os candidatos ao cargo de Prefeito da Cidade, agora
no segundo turno das eleições, ao fazerem suas propagandas
não tem a coragem de dizer que é um modelo superado e
finito. Nas condições em que se encontra hoje a cidade de
Curitiba só um projeto de trens aéreos em robustas colunas
de concreto, aproveitando as ruas largas e avenidas, bem
como a periferia na extensão de 100 quilômetros, em
segmentos norte/sul e leste/oeste.
(1)
Ver em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_Lerner
E aí "cara pintada" vai ter coragem de me contestar? (As. Veronesi)
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