Para não citar, mas já citando, o mesmo surrado jargão
da construção redacional da imprensa brasileira de que “o povo tem memória curta”,
tratamos agora de um conspícuo personagem de nossa “política” que andou adrede
silencioso para não revolver, entre seus pares, neste “período de maior crise”
(1) aspectos negativos que poderiam “engrossar o caldo” de nossa velha
politicalha. Dito isso, vamos aos fatos. Na Revista “Isto é” na
publicação de 21 do corrente mês – ano 39 – nº 2441, o ex-presidente sociólogo
ou sociologo ex-presidente, mostra com todas as letras que ainda tem esperança
de voltar a comandar o cargo máximo do presidencialismo tupiniquim. Apenas para
relembrar, sucintamente, algo sobre seu governo de oito anos. Por coincidência
o FHC (2) surgiu da crise no Governo do seu xará Fernando Collor (3), quando
este impedido pelo Congresso, renunciou para não perder os “Direitos Políticos”.
Com isto, o Vice de Collor que era Itamar Franco assumiu a Presidência e chamou
o FHC para, primeiramente, assumir o Ministério das Relações Exteriores e,
posteriormente, transferiu-o para o Ministério da Fazenda. Segundo a voz
corrente e até confirmado por FHC o Plano Real teria sido de sua autoria, não
sendo isto verdadeiro, como podemos ver de todos os arquivos dos anais da
República (5). Fenando Henrique se vangloria dizendo que o seu governo
estabilizou a moeda e avançou em muitos segmentos que estavam paralizados. Se
sopesarmos o seu trabalho à frente do Executivo vamos ter um peso negativo em
seu desfavor, já que além de fazer a maior privatização da história a preços
lesivos ao Patrimonial Nacional a guisa de pagar a Dívida Pública brasileira
(interna e externa), a corrupção de seu Governo nunca foi apurada. Assim, dos
mais de 4 (quatro) mil processos de denúncias(6) de pessoas no seu governo
encaminhadas pela Polícia Federal, todos foram arquivados pelo Procurador
Chefe, alcunhado de Engavetador Geral da República. Conquanto, não fora só isto
ocorrido no seu governo, FHC auxiliado por seus Assessores mais próximos em
trabalho coordenado no Congresso conseguiu com a compra de votos aprovarem uma
EC para a sua reeleição (7). Os escandalos foram muitos no Governo de FHC, dos
quais se destancam “A Privataria Tucana”, denunciada em Livro próprio de
autoria do Jornalista Amaury Ribeiro Junior (8), onde o protagonista principal
foi o Sr. José Serra, hoje ministro das Relações Exteriores e ainda com várias
denuncias, inclusive na Lava-Jato. Recentemente, num bem montado projeto de
retomada do Poder, com a prévia orientação da “inteligência americana” e CIA,
entrou em cena uma Operação que se batizou de “Lava Jato” e o Senhor Moro da
República Curitibana foi o Juiz Federal escolhido e treinado nos USA e aqui (9)
juntamente com “juristas”. Tudo foi “bem bolado”, já que fizeram a “crise
forjada” (10) atingir retardadamente o Brasil e aí com a corrupção sistêmica da
Petrobrás não só do PT, muito pelo contrário, tem políticos de outros partidos
que até superam os petistas; com sito conseguiram somar motivos trabalhados
pela “mídia” de que tudo foi resultado da péssima administração petista. Com
uma campanha massacrante da “grande mídia” mostrando só a Operação Lava-Jato, aliada
aos golpitas conseguiu nas eleições municipais tomarem a Capital de São Paulo e
as maiores cidade de sua Região Metropolitana, como Santo André, Ribeirão Preto,
Santos, São Bernardo do Campo, Barueri e outras, todavia mostrando uma
realidade eleitoral nunca vista em que a brutal soma dos votos brancos e nulos
e mais os votos da oposição pulverizada (Haddad, Russomano, Marta e Erundina)
seria suficiente para bater de longe o Doria, ou seja, 3.684.246 milhões/mil de
votos contra o vencedor (11) do PSDB (3.085,187 de votos) se fossem em favor do PT
ou de outro opositor, o PSDB jamais teria vencido. Agora, em face desse descrédito
dos políticos e das instituições do país, estão esboçando uma “reforma política”
a moda tupiniquim (faz de conta) que provavelmente terá o “dedinho” da “inteligência”
das “forças ocultas” que também derrubaram o Jânio Quadros (12).
(1) coloco “período
de maior crise” porque a “crise” é um projeto
recorrente neste país;
(3) https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=fernando%20collor%20de%20mello
(4) Ver em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Itamar_Franco
(5) Em fevereiro de 1994, o
governo Itamar lançou o Plano Real,
elaborado pelo Ministério da Fazenda a partir de idealização do economista Edmar Bacha,
que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária.
(6) A senadora
Heloísa Helena, ainda no PT, citou um levantamento do próprio MP segundo o qual
havia mais de quatro mil processos parados no gabinete do procurador-geral.
Brindeiro”. Ver em: http://www.cartacapital.com.br/politica/nos-tempos-do-engavetador-geral-refrescando-henrique-cardoso
10) Ver em: http://blogdoveronesi.blogspot.com.br/2016/04/as-mil-e-uma-culpas-da-presidenta-dilma.html
(12) Ver em: https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%A2nio_Quadros