A carga tributária brasileira jamais foi
alta. Ela, na verdade, é mal distribuída. Se não vejamos: temos uma estrutura
de controle seletiva, ou seja, os Fiscos só incomodam e cobram daqueles que são
monitorados e/ou fiscalizados. A sonegação, evasão e as fraudes tributárias são
astronômicas, decorrente do que fica prejudicado o cálculo da Carga Tributária
que se acha divindo o PIB pelo total da Arrecadação tributária do período. Como
complicador ainda, temos os “grandes ralos” das “perdas instituicionais”, como
por exemplo, as “as remessas de lucro”, o “subfaturamento dos produtos
nacionais”, o alto contrabando e as absurdas “renúncia de receitas” como, por
ex., o da Lei Kandir com o ICMS, mal compensadas aos Estados Brasileiros,
visando competitividade nas exportações. Ora, competividade se consegue maior
aparelhamento e operacionalidade nas vendas externas, tais como escoamento de
safras em boas estradas sem pedágios absurdos, de preferências ferrovias modernas
e eficazes que transportam grãos à longa distância. Voltando à carga tributária.
O país precisa mais que urgente de uma Reforma Tributária moderna e abrangente,
na qual a Renda e os Serviços sejam mais tributados ao invés dos impostos de
consumo (IPI e ICMS) que alcançam as classes mais pobres. A informalidade, a
evasão e sonegação de tributos sobre serviços (ISS) é um dos maiores de todos os
tempos. Existem municípios brasileiros que não chegam a arrecadar 1/3 (um
terço) de sua potencialidade por motivos que todo profissional da área conhece.
Na verdade, os municípios de maior arrecadação hoje com algumas exceções são
poucos de capitais, municípios balneários e de alta concentração turística e os
que têm a presença de grandes obras e serviços de grandes projetos estatais e
privados, nos quais a retenção do ISS se dá por “substituição tributária”. Assim
sendo, se temos um PIB que não representa a realidade e o cálculo da
carga tributária tem como base a arrecadação total do país num determinado período
como podemos afirmar que a Carga Tributária está correta? Consequentemente, podemos
afirmar que a maioria dos Controles Estatais (estatísticos ou não) em nosso país
não é confiável.
E aí "cara pintada" onde estão as críticas? Não contestam por que estou certo ou é mesmo por imobilismo impatriótico?
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