sábado, 2 de maio de 2015

O PONTO FULCRAL NEGATIVO DAS TERCEIRIZAÇÕES...

A terceirização ampla, geral e irrestrita trará um enorme prejuízo nas relações de trabalho em nosso país. O problema maior não está no cumprimento e pagamento dos encargos trabalhistas e previdenciários, já que estes já existiam nas terceirizações só das atividades meios, todavia são cumpridos de forma claudicante, pois as Varas trabalhistas dos vários Estados do país encontram-se cotidianamente entulhadas de RTs (Reclamações Trabalhistas) no processamento diário. O fulcro da questão está no distanciamento em que se irá dar entre o Empregador verdadeiro (de fato) e o de vínculo legal com sérios prejuízos para a profissionalização. A primeira condição de estabilidade que irá “p’ro espaço” são os Planos de Carreiras que serão extintos; posteriormente o enfraquecimento dos Sindicatos, já que este será o maior propósito e o relacionamento no ambiente de trabalho entre funcionários efetivos estáveis e os terceirizados que se proporão a fazer as mesmas tarefas com salários de 30 a 35% por cento menores. Exemplo: O Banco do Brasil em um determinado departamento com 20 (vinte) funcionários teve oito vagas do cargo (função) de Escriturário em aberto motivadas por aposentadoria, enfermidades, acidentes de trabalho etc. Vai o RH do Banco e contrata via terceirizadas para aquela função e tarefas. Pois bem! Os terceirizados, além de ter que aprender os serviços através de treinamento e aprendizagem com a colaboração dos “colegas estáveis” vão ganhar menos tendo que fazer as mesmas tarefas. O ambiente de trabalho passará a ter um “elã inferior”, pois haverá um desestímulo entre os “paradigmas”, já que os estáveis ganham mais e os terceirizados, ganhando menos, passarão a hostilizar os efetivos. Quanto à defesa e representação dos terceirizados nem meios terão para criarem um bom Sindicato, pois “será uma categoria” dispersa e sem liderança. Sendo assim, as características de pessoas que irão demandar empregos em atividades fins de “tarefas mais complexas” nunca vão contribuir para uma força de trabalho de qualidade.           

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