domingo, 23 de março de 2014

O MODELO DE MOBILIDADE URBANA NA CAPITAL PARANAENSE...

Nossa cidade amanheceu hoje (26/fev.) sob a paralisação do seu inadequado e superado transporte de passageiros. Inadequado, por que devemos ver um projeto de longo prazo em condições de ser ampliado com eficiência e eficácia. Reafirmo, também, superado por que, ao longo do tempo, devemos buscar alternativas para que as operações não sejam vítimas de “óbices intransponíveis” como o é os de via ônibus individuais ou mesmo os “linguições” sobre canaletas na maioria das ruas estreitas que levam ao caos os congestionamentos somados aos carros particulares disponíveis em dias de chuvas e outros grandes eventos. Mas, esta é a grande causa da péssima matriz viária de nosso país. Claro que não! O que está acontecendo com a mobilidade urbana de Curitiba é apenas o efeito de uma “causa primeira”. E qual é essa “causa”? Ter deixado o maior problema da mobilidade urbana ficar a mercê de uma grupo de empresas de ônibus particulares, de origem familiar, comandando há mais de 50 anos um segmento iminentemente público que deveria atender ao interesse exclusivamente do povo que precisa se locomover.  Essa “balela” de que só as atividades privadas gestionam melhor os interesses do povo é uma grande farsa! Basta ver as grandes empresas estatais que foram privatizadas, como as elétricas e as telefônicas, que nos certificaremos desta triste realidade! A cidade de Curitiba precisaria ter tido um projeto de longo prazo (50, 70, 100 ou mais anos) de mobilidade a base de trens elétricos subterrâneos ou aéreos(1) modernos sobre (ou sob) trilhos com ar condicionado, limpos e de tecnologia avançada, inclusive nas periferias há mais de trinta anos, sob o comando uma empresa pública administrada por um Grande Conselho de Administração, com no mínimo 20 pessoas de alto saber técnico e ilibada reputação, com paridade entre representantes do governo e de todas as classes do povo. Os “superávits” (não lucros), além de “imunizados” constitucionalmente a quaisquer tipos de Impostos, Taxas e Contribuições seriam reinvestidos para expansão aprimoramento e expansão das operações do setor. Com as grandes somas financeiras investidas e receitas arrecadadas pelo “modelo atual” que tenho certeza ser de algumas dezenas de bilhões de reais para compra de ônibus, obras em canaletas, viadutos, tubos(2) e outros acessórios, seriam suficientes para implantação do modelo que sugiro, além de retirar todos os ônibus do tráfego e outros empecilhos, também sobrariam imensos espaços para o trânsito de automóveis que ficariam reduzidos metade, já que os cidadãos curitibanos daria preferência para os trens elétricos. Este projeto se aplica também ao transporte de cargas nas estradas brasileiras, hoje na sua maioria de pista única e de péssima qualidade que mata mais que as guerras também arranjadas pelo modelo econômico. Não foi por acaso que toda malha ferroviária em nosso país em vez de ser modernizada e melhorada, sucatearam, desativaram-na e concederam suas atividades à iniciativa privada. A extensão das linhas férreas que era de mais de 34 mil quilômetros, hoje tem um total de 25.599 quilômetros conforme a ANTT (3). A Ferrooeste no Paraná que era um projeto para escoar toda a safra de soja e outros grãos do médio e extremo oeste do Estado e sul do MS ficou prejudicada, sem prioridade do atual governo do Estado.  A opção pelo modelo rodoviário em veículos leves ou pesados não foi por acaso, mas intencional para atender ao "lobby" das distribuidoras de petróleo, empreiteiras de grandes obras, montadoras de veículos etc. com ônus de custos maiores para "engordar seus lucros".   É passada a hora do povo do planeta dar um basta neste “estado de coisas” no quais países que querem se desalinhar e partir para um governo sem submissão é vítimas de boicotes e desabastecimento de produtos e gêneros de primeira necessidade, apoiada por uma elite interna mercenária. Já fizeram isto com tantos países de interesse estratégico na América do Sul, o próximo será o Brasil. O Império Romano do Ocidente com Rômulo Augusto, filho de Àtila (o huno),  acabou definitivamente em 04 de setembro de 476 da Era Cristã, já que Odoacro  líder dos Hérulos o depôs e instalou-se na Itália. Neste último século outro ganhou corpo, provavelmente com o desenvolvimento do neoliberal capitalismo, e está impondo seu Império ao mundo moderno através da pressão hegemônica binária anglo-americana. Se o mundo que “se diz livre” não “tomar pé” da situação e impor um basta nesta velada “guerra fria” o mundo vai ser inundado pelo terrorismo ou pela terceira Grande Guerra.
 
(1) Os aéreos são os indicados em face do aproveitamento de ruas e avenidas sem a necessidade de buracos, trincheiras e/ou viadutos, com fantástica redução de custos. Ver em: http://amantesdaferrovia.com.br/profiles/blogs/alemanha-tem-trem-a-reo-com-mais-de-100-anos?xg_source=activity      
(2) Ah! Ia me esquecendo, este modelo inadequado foi mantido durante todas estas décadas com o apoio efetivo de sucessivos governos municipais.
(3) ver quadro em: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/5262/Concessoes.html

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