Eu sempre bati de frente contra as privatizações
tupiniquins quando contestava os que diziam que o Serviço Público de há muito é
inoperante e ineficaz, por isso tudo tinha que ser privatizado. Conquanto,
aquilo que recomendo ser privatizado com cautela e alta seleção de qualidade,
como as atividades estratégicas e os recursos naturais exauríveis, já que
sabendo eu do comportamento predador do modelo capitalista, quando este poderá
comprometer a soberania, a estabilidade e segurança politico/econômica da Nação, o
resto não via nenhum óbice. Sempre defendi também, dando exemplos, que em países cujos
habitantes são dotados de boa formação moral e educacionais todos os serviços
são de boa qualidade, sejam privados ou públicos. A matriz de mobilidade dando
preferência pelos transportes hidro/ferroviários sempre foram adredemente
alijados no Brasil por todos os governantes desde o Império, quando os países
evoluidos fazem tudo para aproveitá-los. Simples, já que tudo que reduz custos
e traz solução definitiva em mobilidade como as ferrovias e hidrovias, lá está o “lobby” das empresas de
ônibus e caminhões e carretas de cargas pesadas, das montadoras e das grandes empreiteiras de rodovias fazendo pressão junto aos
Legislativos para não aprovar. Vocês já pensaram como seria o transporte de
cargas na periferia de Curitiba com grandes armazens acoplados ao modal
ferroviários e locomotivas elétricas de altíssima tecnologia e bitola larga até
Paranaguá e ao Porto nas mesmas condições? Claro que isso seria possível há 50
anos ou mesmo na contemporaneidade. Na época diziam: ah! Não; vamos privatizar
toda Rede Ferroviária Federal que será a melhor solução! A ALL (América Latina
Logística) levou tudo, não investiu e nem modernizou nada, muito pelo contrário
o que se vê são leitos ferroviários e trens sacateados a ponto de ocorrer graves
acidentes como o de ontem(1). A mesma situação encontra-se em todas as
rodovias do país, muitas das quais estreitas; com asfalto de má qualidade; não
conservadas, inúmeras com buracos inimagináveis que somadas às
irresponsabilidades dos condutores, temos acidentes apavorantes. Se tivéssemos
no Estado linhas férreas duplas e modernas e trens elétricos de última geração
para cargas e passageiros em pontos cardeais e colaterais, certamente teríamos
menos veículos nas estradas, em especial caminhões e carretas e com isso menos
acidentes; menos mortes e inválidos; os gastos do Estado com hospitais e benefícios
com ivalidez permentes seriam menores e as famílias sofreriam menos com as
perdas de seus entes queridos. Vocês acham isso possível? Claro que não! Pois o
interesse econômico neste modelo sobrepõem-se ao social, ficando o homem em
plano secundário. Impossível, também não é, todavia precisaríamos de um governo forte, descompromissado com grupos econômicos internos e externos; ascendência sobre a mídia e prestígio junto ao povo; com planejamento e metas decenais e vintenárias factíveis. O resto saem no decorrer de uma administração competente.
(1) Ver em:http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1428127&tit=&tit=SP-vitimas-de-descarrilamento-de trem-participavam-de-festa
Espero os comentários fundamentados, já que não sou dono da verdade! Grato.
ResponderExcluirOs estão os bons brasileiros p'ra gritar a serviço de um país melhor? Veronesi
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