No
Caderno Economia, pág. 18 de hoje (29-08-2013) da Gazeta do Povo vemos uma
pagina inteira sobre a devolução pelo Governo do Estado de poder ao Grupo
Dominó (privado), mediante acordo, já que o caso estava sub-júdice há mais de
10 anos, isto é, desde 2003 ainda no Governo de Roberto Requião. Sou
radicalmente contrário a qualquer privatização de recursos naturais e/ou
estratégico para o povo/Nação em face do custo/benefício e do interesse que
gira em torno do negócio. O assunto da reportagem da Gazeta do Povo se trata da
Sanepar, ou seja, a única e maior empresa de tratamento de águas do Paraná e
talvez uma das maiores do país (1).[1]
Companhia de Saneamento do Paraná
Companhia de Saneamento do Paraná
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Caixa-d'água da Sanepar, no município de Pinhais (Grande
Curitiba).
O governador do estado Ney Amintas de Barros Braga sancionou a Lei
nº4.684. do dia 23 de janeiro de 1963 autorizando o poder executivo a constituir uma sociedade
por ações com a denominação social de Companhia
de Água e Esgotos do Paraná (AGEPAR)
para promover o saneamento básico do Estado. Em 19 de junho de 1964, a lei n° 48.878
alterou o nome da Companhia de Água e Esgotos para Companhia de Saneamento do
Paraná. A Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar - se aproxima do
cinquentenário como uma das maiores e mais eficientes do setor de saneamento do
País, pronta para ampliar sua participação de mercado e a qualidade de seus
serviços. A companhia atende 346 dos 399 municípios do Paraná e 289 distritos
ou localidades de menor porte no estado, além de Porto União em Santa Catarina.
Nas regiões em que atua, a empresa atende com água tratada 9,5 milhões de
pessoas e, com sistema de esgotamento sanitário, 6 milhões de pessoas. Até
2014, a empresa prevê investir cerca de R$ 2 bilhões em todo o Estado. A
Sanepar presta serviços de fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de
esgoto sanitário e gerenciamento de resíduos sólidos. A empresa é referência no
setor, por aliar eficiência operacional e resultados econômicos a uma sólida
política socioambiental. A cobertura da rede de água tratada da Sanepar chega a
100% da área urbana dos 346 municípios e 289 distritos onde está presente. A
cobertura com rede de esgoto alcançou 63,2% da área urbana dessas localidades.
A empresa está sediada em Curitiba (PR), tem 176 Estações de Tratamento de Água
(ETA) e 225 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) estabelecidas em todo o
Estado. Conta com 6.637 empregados. A busca da qualidade contínua é uma das
principais características da Sanepar. Laboratórios da empresa analisam 1,35 milhão
de parâmetros a cada ano, com base na portaria 518 do Ministério da Saúde. Em
2011 foram investidos R$ 44 milhões em testes de qualidade, o que fez com que a
Sanepar alcançasse um índice de 100% de conformidade às exigências da portaria.
Ações da Sanepar estão entre as mais valorizadas de
2011. O trabalho da Sanepar em
2011 teve o reconhecimento e a confiança da sociedade e dos investidores. As
ações preferenciais da companhia tiveram uma valorização de 58,6% em 2011. Foi
a 15ª maior alta entre as empresas brasileiras durante o ano e a maior entre as
companhias paranaenses com ações na bolsa. Em dezembro do ano passado, a ação
preferencial nominativa (PN) da empresa, SAPR4, alcançou R$ 4,63, bem acima dos
R$ 2,92 de dezembro de 2010. O desempenho das ações fica ainda mais positivo
quando comparado com outros indicadores da economia. Em 2011, o Ibovespa caiu
18%, a inflação subiu 6,5%, o dólar teve valorização de 12,3% e a taxa Selic
(taxa referencial de juros) encerrou o ano com variação de 11,6%.
Ora, sabemos que a água é a
natureza que nos fornece, assim como o petróleo, os minerais diversos que jazem
no solo ou no subsolo e por ser um bem doado pelo criador a todos deve
pertencer. Grupos privados não devem e não podem ter acesso a esse tipo de atividade,
já que os mesmos visam em primeiro lugar o lucro, renda e mais valia, regras
incompatíveis com o direito de todas as classes sociais. Além de ser empresa
cobiçada por grupos privados, em face do monopólio, os lucros desta, mesmo que
capitalizados, vão onerar as tarifas do consumidor. Se este tipo de empresa é
constituida como empresa pública ou autarquia seu quadro de servidores poderá
estar sob-regime celetista e prividenciário e o “superavit”, se houver, poderá
ser revertido em benefício do consumidor. A cobiça por empresas estatais
estratégicas rentáveis por grupos privados no Brasil sempre teve o beneplácito
de Governo conservadores que defendem que a iniciativa privada é mais eficiente
e eficaz que a empresa pública, além de não estar tão sujeita a desvios e
desmandos administrativos, com o que discordo frontalmente, já que tanto na
atividade pública quanto na privada quem comanda são pessoas, portanto, todas
sujeitas à improbidade, a corrupção e ao suborno como vemos a miúde em face da
promiscuidade reinante nas relações de negócios de empresários com o Estado.
Além disso, todas as empresas estatais rentáveis e estratégicas, como, por ex.,
as elétricas e as mineradoras (Vale, Alcoa etc.), na gestão FHC foram
privatizadas na “bacia das almas”, isto é, a preços de três a cinco vezes
menores que seu valor de mercado internacional. Aí eu pergunto, porquê teve que
ser assim? Será que teve algum interesse maior por trás disso? Bidu! Isso é
traição à Nação que todos nós construímos!
Será que não vai aparecer ninguém que se arvore no direito de contestar minhas assertivas? Estou esperando! Veronesi,I.
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