Muitas
pessoas me perguntam se eu sou socialista. Eu digo que mais ou menos. Eu
explico! O liberal capitalismo tem muita coisa que são princípios saudáveis,
desde que cumprido com honestidade e patriotismo. E porque afirmo em primeiro
lugar com honestidade. Isto por que os grandes e alguns pequenos
empreendimentos são dirigidos mais para prestigiar o “Capital” do que o
“Trabalhador”. O que significa isto? Acho que o mundo capitalista já ouviu
falar que todos têm um preço. Ora, se a educação, a moral e a ética do
povo estão bem abaixo daquela visão de comportamento, como podemos ter uma
sociedade justa e socialmente equilibrada?
No
capitalismo impera os mais variados mecanismos sub-reptícios
econômico/financeiros para atingir o mesmo objetivo. Vejam vocês como foram
vendidas as nossas empresas estatais. Aliás, as mesmas foram constituídas com
recursos financeiros que vieram de tributos, portanto, do contribuinte
brasileiro, daí por que sua venda por um preço justo visando o benefício de
outras áreas sociais constitui, mesmo assim, um esbulho ao patrimônio do povo.
É preciso denunciar que todas, sem exceção, são alienadas através de Leilão
tendencioso, isto é, onde predomina a má politica de governos títeres ou
subornados, ou quando não (o que é muito difícil) pelos acordos de compromissos
recíprocos de grandes créditos financeiros.
É
por que quase a totalidade de nosso povo acha que a regra do neoliberal
capitalismo é imutável? Ledo engano, já que se tudo se transforma, e o
neoliberal capitalismo, se assim podemos denominá-lo, esgota-se aos efeitos e
defeitos nefandos do crescimento das cidades e dos recursos naturais, sem a
sinergia do equilíbrio entre o ecossistema e os seres vivos do planeta.
Vou
dar apenas um exemplo do mineral mais precioso do mundo no momento em face de
sua geração de energia e outros derivados de suma importância à indústria
química e farmacêutica. Ora se meu país possui grandes jazidas de petróleo de
boa qualidade (óleo fino) porque nós um país fronteiriço com nossos irmãos
latinos americanos vamos intentar artifícios mentirosos e falaciosos para invadí-los,
pressionando a nos apoiar para tomar uma posição em face de nossa posição
política no mundo?
Aliás,
isto nem é capitalismo, já que é terrorismo capitalista! Outro exemplo é o caso
de projeto SIVAM na Amazônia. O que muitos não sabem é que “forças políticas e
financeiras internacionais”, afastando a França da concorrência, exerceram
pressão para emprestar 1,4 bilhão e impuseram outras várias condições.
O
caso da China, p. ex., foi muito “bem bolado”, ou seja, as forças capitalistas
financiaram um Programa de capitalização do país, aproveitando a imensa “Mão de
Obra” escrava para fabricar produtos “made in China”, todavia com etiqueta de
marketing das mais variadas empresas do mundo. Todavia, a China se beneficiou e
muito com o grande avanço industrial, já que com carga tributária menor e
ausência de garantias trabalhistas e previdenciárias, seus produtos atingem os
mercados do mundo todo com menor preço. Agora a China está vendendo seus produtos diretamente
ao mercado internacional, com certeza quebrando muitos países que importam produtos de sua grande produção e auferem lucros
em cima apenas da intermediação.
E
os cartéis como se formam? Aliás, os cartéis na verdade existem para atingir o
mesmo objetivo de um monopólio, ou seja, dominar o mercado para impor preços, já
que estes e condições são acordados por várias empresas. Hoje vi pela manhã num dos importantes Canais
de TV deste país, “apelos conscientes e dirigidos” para buscar formas de
solucionar as mazelas, quais efeitos (e não causas) de um modelo esgotado e
predador.
Quando
se fala em “distribuição de mais riquezas” como a “única solução” para
multiplicar e fortalecer a economia, os mentores do modelo se arrepiam e
continuam temendo a perda de mais rendas, valias e privilégios. Todavia, a
mecânica do raciocínio é elementar, pois que se um país aumenta o poder
aquisitivo do povo da base social menor certamente o mesmo não vai gastar em
viagens ao exterior e produtos de luxo e sim no mercado interno, consumindo
mais mercadorias e serviços, portanto criando mais empregos e oportunidade para
os mais pobres, redobrando ou triplicando o lucro e vantagens aos investidores.
A
França e a Espanha são tradicionais países que alternam governos socialistas e
nunca se ouviu falar que os mesmos de “forma autoritária saíram saqueando e/ou
sequestrando bens das classes mais ricas”. O que se vê sim é uma persistente
posição para que os mentores dos capitais não tenham como única meta a busca
constante de cortes nas conquistas sociais prejudicando a manutenção da
qualidade de vida do povo.
O
modelo “sócio-capitalista” do modo como foi concebido é “afunilador da pirâmide
social”, exaustivo nas riquezas minerais e vegetais, além de predador dos
recursos benéficos à vida na terra, buscando sempre o empobrecimento das nações
através de mecanismos de “política financeira concentradora”; usa da “mídia”
massificante para insistir na motivação ao consumismo às classes A e B, em que
todos os artifícios são acionados para sugar o meio circulante, tais como cartões
de crédito, empréstimos consignados, crédito pessoal e outras formas de
crédito, nunca, porém, optando pelo aumento e alargamento do “poder aquisitivo”
dos trabalhadores.
Assim
como temos o “circulo vicioso da pobreza” temos também o “circulo vicioso da
riqueza”, ambos em posições cada vez mais opostas em face do modelo.
Por
outro lado, um dos grandes crimes históricos cometidos contra as nações
periféricas, em especial as ocidentais e asiáticas, foi o “boicote” da
matriz viária ao transporte urbano de massa.
Curitiba,
por exemplo, com ruas e avenidas estreitas, sem o projeto urbano global e definitivo, hoje sufocado em uma
Região Metropolitana com um raio por volta de 100 (cem) quilômetros e três
milhões de pessoas, manietados por grupos conhecidos do transporte coletivo urbano
aliados a dirigentes públicos cúmplices do passado e do presente, não
conseguiu fazer sair do projeto o tão decantado trem metropolitano, mais
conhecido como Metrô e nem os trens elétricos periféricos rápidos e antipoluitivos
(norte/sul – leste/oeste), desafogando a locomoção das pessoas ao exemplo
Argentina que os possui desde 1913 ao tempo de governos menos subjugados ao
capital externo.
No
Brasil a matriz viária baseada no modal ferro-hidroviário foi abortada pelas
multinacionais, já que a mesma iria reduzir os grandes investimentos (obras de
infraestrutura) em rodovias e principalmente o consumo de combustíveis a base
de petróleo.
No
que concerne à exaustão das florestas do mundo, vemos que seria totalmente
viável se os países em vez de repudiar a compras de madeiras de florestas
nativas deveriam produzir seus próprios reflorestamentos artificiais,
contribuindo assim em parte com saudáveis condições climáticas do mundo.
Aliás,
por falar em florestas nativas, é bom que se lembre de que sua devastação
começou no sul do país quando a Southern Brazil
Lumber & Colonization Company, companhia de origem inglesa que, em contrato
com o governo imperial brasileiro detinha direito de ceifar às margens das
ferrovias, em 15 quilômetros de cada lado, todas as melhores espécies de
madeiras d
e interesse à comercialização internacional.
Além de um mau exemplo
deixado por aquela empresa inglesa aos colonizadores brasileiros, em especial
os do sul do país, ficamos privados das melhores espécies de “madeiras de lei”.
Por outro lado, se uma sociedade não distribui condignamente a riqueza,
e, também, não mantém instituições públicas com serviços gratuitos e de boa
qualidade à população de menor poder aquisitivo ao chegar à pobreza extrema, sem
esperança e maus arquétipos veiculados pela “mídia”, certamente não terão outra
opção a não ser abraçar a marginalidade e, daí estarão a poucos passos à delinquência e ao
banditismo. (Veronesi, I é um simples
pensador)
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