Vocês já perceberam que o Estado
brasileiro só involuí? Ou seja, passa anos, décadas e até séculos e não vemos
avanços para chegarmos a uma potência econômica, soberana e autodeterminante, com
qualidade e não quantidade (1). O país já esteve na 4ª posição no “ranking” das
potências econômicas, mas lembre-se que este patamar é baseado na produção
primária, ligada a agricultura e pecuária, hoje um pouco sofisticada em face do
alto crescimento fomentado pelo agronegócio. Getúlio Vargas quando esteve pela
última vez à frente da Presidência da República queria um país forte e
soberano, por isso dotou-o de uma infraestrutura necessária à indústria de base, tais
como petróleo, siderurgia, metalurgia, rodovias e ferrovias, enfim que o
fizesse para o alavancamento de outras atividades derivadas, visando a independência de suprimentos na América do Sul. Por isso mesmo, teve grandes adversários
políticos (2) que estavam interessados, não “graciosamente, claro”, a facilitar
o trânsito de interesses internacionais. O próprio Getúlio era conhecidíssimo não como
comunista, mas como nacionalista, portanto contrário aos interesses do capital
internacional. É célebre o caso da implantação das Bases Militares Americanas
no Rio Grande do Norte na II Guerra Mundial (3) que abrigou mais de 10.000
militares norte-americanos, as quais Getúlio se opunha, mas cedeu às suas
instalações mediante condições. Hoje, a população brasileira esclarecida sabe
que não existe mais siderurgia e metalurgia sob o controle brasileiro. Ora,
se os dois segmentos antes mencionados, estivessem sob o comando de governos “nacionalistas
e dinâmicos” as atividades das indústrias relacionadas seriam estimuladas e
multiplicadas. Claro que muitas indústrias brasileiras dependentes do ferro e
do aço chegaram ao médio e grandes de portes, mas como muito sacrifício em face dos custos
internacionais destes insumos. Somados os custos tributários e financeiros que
são os principais motivos porque nossos veículos, navios e embarcações são pouco
acessíveis à população, mesmo as de classes média, média/alta, a não ser com
financiamentos de longo prazos. Sem entrar no mérito das demais reformas,
constatamos que o recém-empossado governo “bate” insistentemente na “Reforma da
Previdência”, como se fosse a “salvação nacional”, mas deixa como incertas, inúmeras
reformas de extrema importância para ao país, como a Tributária e do Estado
brasileiro, hoje altamente deficitário, pesadamente anacrônico e custoso ao
provedor brasileiro, ou seja, o contribuinte. Enquanto isso, no âmbito das
casas legislativas federais (Câmara e Senado), mesmo sob experiências
desastrosas das últimas décadas na condução do país, as alas partidárias não se
atêm ao fim último em benefício do país, mas nas imediatas vantagens partidárias
e no jogo do “dinheiro e poder”.
(1) https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/12/101227_eralula_economia
(2) O mais persistente e ferrenho, foi o Dep. Carlos Frederico
Wernewck de Lacerda ou simplesmente Carlos
Lacerda. Ver em https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Lacerda
(3) https://pt.wikipedia.org/wiki/Natal_na_Segunda_Guerra_Mundial
e https://www.dw.com/pt- br/brasil-relutou-at%C3%A9-entrar-na-guerra-ao-lado-dos-aliados/a-18426613
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