MOBILIDADE URBANA E ENTRE CIDADES BRASILEIRAS
(uma conduta criminosa e corrupta dos governos da república)
Quem conheceu recententemente a França e a Alemanha, especialmente, sabe por que lá funciona a
mobilidade em seus países. Transportes rodoviários, ferroviários, metroviários
e aquaviários por todos os lados. Aliás, em toda a Europa, o turista e os
cidadãos podem optar por qualquer um, pois todos são de excelente qualidade e
rápidos. Em Paris, por exemplo, você turista tem cinco opções para se deslocar
de sua hospedagem, ou seja, trens elétricos, ônibus, metrô, rios (Sena e outros, todos
navegáveis) e o VLT no meio das avenidas onde também trafegam os ônibus. Por
isso, com a compensação de transportes, não se vê congestionamento, exceto por
acidentes graves, nas estradas. E por que lá é assim? Por que predomina o interesse
público em todos projetos e empreendimentos, sejam econômicos e sociais. E aqui no Brasil o que
predomina? Só os interesses privados, quando não corruptos e criminosos, como é
o caso de Curitiba (capital do Paraná), cidade considerada uma “Pérola”
(imaginem!), onde apenas cinco famílias dominam o transporte da cidade na base
de ônibus superlotados nas horas de pico. Essa é a infeliz diferença, onde o
povo, que paga tudo, não tem vontade nenhuma! A cidade de São Paulo, por
exemplo, em dias de chuva intensa, todos rezam para não acontecer acidentes nas
pistas de tráfego rápido; se isto acontecer a lentidão dos veículos e
congestionamentos variam de 30 a mais de 200 quilômetros. Se a cidade de São
Paulo tivessem cinco opções de locomoção como Paris que possui trens elétricos
de periferia, metrô com doze linhas subterrâneas, rios (Sena e afluentes),
veículos leves sobre trilhos e, por último, ônibus, teria sido resolvida a sua
mobilidade urbana e ainda com redução de custos como no caso das ferrovias (1)
e hidrovias (2). Aliás, você não vê por toda Europa só a modalidade rodoviária
de locomoção, sabe por quê? Porque lá predomina o “Interesse Público”. Sem
contar os inúmeros acidentes que ceifam vidas inocentes e outras tantas
inutilizadas para o trabalho com custos elevadíssimos (3) para o Estado
brasileiro em hospitais e clínicas de recuperação, bem como prejuízos
materiais de grande monta. Esta é uma (rés) pública que maldosamente abandonou as boas
ferrovias e rios para atender aos interesses das multinacionais do petróleo e
das fábricas de veículos rodoviários, pneus e acessórios. Alguém pode me dizer
quem foi o responsável por isso? Eu sei!
(3) http://vias-seguras.com/os_acidentes/custo_dos_acidentes_de_transito/ipea_estima_custo_anual_com_acidentes_em_r_40_bilhoes