O COROLÁRIO
NEGATIVO MÁXIMO DO MODELO
O capitalismo ou
neocapitalismo, como queiram, nos moldes como é conduzido em nosso país, mesmo
com todos os pontos “positivos” como alegam, está mui longe de ser um modelo
justo e ideal. As premissas mestras de sua filosofia são praticamente duas, ou
seja, na propriedade privada dos meios de produção e a livre (e sadia) concorrência
no mercado (1). Ora, se o Estado, como muitos governos de nosso querido
Paraná, privatiza uma empresa ou atividade que oferece risco de exaustão ou
impossibilidade de concorrência aberta e livre, como podemos dizer que é
um neo ou capitalismo ideal? Este é o caso, por exemplo, das atividades de “tratamento
e fornecimento” de água à população, dos minérios incomuns, das estradas, do
fornecimento de energia elétrica. Além do aspecto da segurança, da exaustão e
do lucro sobre custos com elevação de preços abusivos e contratos de concessão
públicas com severas amarras indenizatórias e por várias décadas etc.., estas atividades
podem criar sérios problemas no caso de revolução ou guerras civis internas,
comoção intestinas, motins etc., já que o Estado muitas vezes precisa “tê-las
de imediato em suas mãos”. O fato do Estado não poder administrá-las bem ou não
ter “braços longos” suficientes para comandá-las é outro problema bem
conhecido, como a “adrede redução do tamanho do Estado; a conduzida reserva de
mercado” e outros boicotes em acordos com Governos títeres e/ou subornados. Este
é o caso, por exemplo, do não alcance dos objetivos do MERCOSUL observado por
um carreirista Senador do Paraná. E por que não atingiu os objetivos? Quem são
os países mais fortes da América do Sul? Não precisa citar que são cinco os que
não querem “rezar pela cartilha” de Washington! Por isso, a Oligarquia faz tudo
p’ra que o MERCOSUL não de certo, enfraquecendo seus participantes. Outro caso é
o desabastecimento de produtos alimentícios na Venezuela. O “triângulo amoroso”
da Oligarquia; das multinacionais atacadistas e distribuidoras de alimentos e
da elite mercenária (comprada) estão a fim de liquidar com o Governo de Maduro,
sonegando os produtos aos supermercados e provocando a irritação do povo. Depois,
a elite comprada insufla movimentos pontuais e abusivos só para tumultuar as
cidades para que o Governo tenha que agir com rigor, às vezes, excessivo.
Mas, voltando ao
ponto central do tema. Aqui no Paraná temos a Sanepar e a Copel que são duas
empresas semiestatais que funcionam bem, com funcionários admitidos mediante
concursos públicos e planos de carreira, além de que suas tarifas poderem ser
relativamente controladas sem interferência política. Sou da opinião que atividades da natureza que
cito não devem ser “economia mista” como é o caso da COPEL, pois esta obriga a
distribuição de lucros e interferência da “iniciativa privada” para onerar a
tarifa. Estas devem ser empresas públicas, como o caso da Caixa Econômica
Federal (CEF), para que seus “superávits” sejam revertidos em favor dos
consumidores.
Outro aspecto
interessante do “neocapitalismo tupiniquim” são as “aclamações bombásticas” das
pessoas “que se destacam” na vida esportista, atleticana e artística. Se o
“regime de mercado” valoriza só os talentosos do esporte, da política e das
artes, que não precisam ter suficiência acadêmica nem passar por bancos
escolares, nem formar mais professores, porque então não fechemos as escolas de
ensino fundamental, secundárias e as universidades? Pelo menos assim sobrará
mais recursos financeiros para mais estádios, teatros, estúdios
cinematográficos e casas legislativas no país para consumir as receitas
tributadas ao povo, sobretudo aos mais pobres! Todavia, quando precisarem
atender aos enfermos graves e pavorosos acidentes das estradas às portas dos
hospitais e as crianças às salas de aula, chamem os esportistas, os artistas
notáveis, os imortais, os atletas e os políticos “astutos”! Quem sabe assim os
mesmos terão uma fórmula mágica não conhecida pela ciência terrena que irá
extirpar estes males tão recorrentes em nosso país!
(1) http://www.aulete.com.br/capitalismo
Olá amigos, espero que comentem meus pensamentos, mesmo sendo em forma de críticas desairosas! O simples fato de contestarem o texto já é uma demonstração de interesse quanto aos embates entre capital e o trabalho. (Veronesi,I.)
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