quarta-feira, 8 de julho de 2015

O CONTROLE ESTATAL DEVE SER FORTE E OPERANTE!


Em “épocas de crise” se as empresas elétricas fossem estatais estas não repassariam os “custos em cadeia” às demais empresas privadas comerciais, industriais, agroindustriais e de serviços. Quando menciono empresas estatais não estou me referindo à economia mista, já que esta está sujeita às leis de mercado e seus acionistas às vezes minoritários estão sempre exigindo contenção de despesas e aumento crescente de lucros. Refiro-me a empresas públicas como é o caso da EBCT (Correios) e da Caixa Econômica Federal (CEF), empresas que apesar dos “olhos grandes” dos especuladores capitalistas ainda se matém bem administradas, continuam crescendo e tendo superávits. Estas duas empresas podem continuar neste padrão? Claro que sim! É só aplicar rigorosamente o “Sistema do Mérito” (concursos públicos) para afastar a cultura desonesta do protecionismo e dos apaniguados. Já tive oportunidade de me manifestar sobre a energia elétrica em que afirmo ser esta um insumo de fundamental importância presente nas indústrias como “custo primário”. O petróleo, em forma de combustíveis para o transporte também entra na formação do “custo final” na quase totalidade dos produtos industrializados no país. Se a energia elétrica e os combustíveis aumentam, consequentemente todos os produtos ao consumidor final serão aumentados. Por isso, insumos básicos como energia elétrica e combustíveis devem ser estatizados sob pena de, toda vez que custos substanciais (termoelétricas) desta natureza são apropriados, as empresas privadas não os absorvem a fim de não reduzir seus lucros, repassando-os ao consumidor final, ou seja, ao cidadão. É o que está acontecendo agora, isto é, os aumentos estão sendo constante fazendo a população ficar indignada. Uma conta de Luz que no ano passado (2014) neste mês de julho se pagava por volta de R$ 149,66, em 2015 esta-se pagando  R$ 293,39, o que resulta num aumento de 96,04% (noventa e seis, zero quatro) por cento. São aumentos nunca vistos na história deste país após o Plano Real. “Ao reclamar destes aumentos abusivos um amigo me disse: “vocês não queriam o governo de esquerda”, pois então está aí”, ao que redargui. De fato ela, a Presidenta, se elegeu sob a bandeira do PT. Todavia, neste segundo mandato está se portando como um autêntico “governante de direita”, tanto que suas medidas no campo econômico foram totalmente de cunho neoliberal capitalista. O governo deste estilo é aquele que, independente de sigla partidária, em “época de crise”(1) corta os direitos sociais e dos trabalhadores, aumenta os juros e taxas internos visando desaquecer o mercado a guisa de combater a inflação, mas beneficia os especuladores de capitais; provoca o desemprego em massa; não exige sacrifício das atividades financeiras e banqueiras; contingencia as necessárias DESPESAS com saúde, ensino, assistência social, saneamento básico, habitação etc., mas mantém a verba Orçamentária para a Segurança Pública e, claro, nunca mexe com o Orçamento das Forças Armadas. E por falar em Estado forte e eficientemente organizado e operante precisamos dizer que o seu controle sobre as atividades econômicas e sociais deve estar presente de forma eficaz, ajustando o quadro de servidores concursados e agentes às suas necessidades. Repito que os escândalos dos Fiscais do ISS da capital de SP e os do Estado do Paraná (ICMS) em Londrina nada mais são do que a ausência propositada dos órgãos de controle estatal. E as CPIs do Legislativo? Se estas fossem eficazes levantariam os escândalos preventivamente cobrando dos Controles Internos de cada Poder. Em nível municipal, p. ex., existe o tal Controle Interno que na maioria dos munícios é figura decorativa, sob o comando do prefeito, cuja vaga é preenchida com cargo em comissão por critério politico; quanto às Câmaras Municipais que também deveriam estar atentas, nada faz, pois que ocupadas com atividades de somenos importância. E aí, quem salvará o Brasil? Meios existem? Claro que sim! Mas só povo através das Urnas mandando todo o LIXO legislativo p’ra casa!   

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