domingo, 3 de janeiro de 2016

A PIRÂMIDE NO MODELO CAPITALISTA TUPINIQUIM...


O modelo capitalista é extremamente avesso à distribuição de benesses desejadas pelo modelo de solidariedade ou também conhecido com Socialista, já que quem promove ou multiplica o Capital é o verdadeiro trabalhador, isto é, aquele que vive do trabalho produzido em 40 ou 44 horas semanais, ou mais, de labor. Por outro lado, o modelo de solidariedade ou socialista preconiza que o mundo não pode exaustivamente e não deve distender verticalmente  a pirâmide em acúmulo só dos que estão no topo, em prejuízo dos que estão abaixo ou em sua base. A razão é muito simples! Um país ou uma nação tem sua capacidade limitada de produção e meios, sejam eles materiais ou pessoais; os materiais exaurem-se ou se extinguem como é o caso das florestas e minérios (1) no Brasil e em outros países, bem como com ela (s) (as florestas), a fauna e a flora. Os recursos humanos envelhecem, são despreparados ou adoecem nos países de 3º, 4º ou 5º mundos como os países da África, Oriente Médio e Ásia. A instabilidade importada do modelo é causa primeira da variação da empregabilidade é só serve para por recorrentemente em desespero a população trabalhadora, maior parceira do capital. Não são todas as pessoas, sejam elas mal ou bem preparadas, que podem se dar ao luxo de dizer que “tomar um pé na bunda foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida” (2) como se expressa uma das maiores propagadora do modelo da Rede Globo. Tenho muitos exemplos de pessoas conhecidas que ao passar de bons empregos ao trabalho autônomo-liberal se deram mal em face de uma gama imensa de fatores pertinentes antagônicos, como a mau dimensionamento do projeto, a falta de capital, as variações sazonais de mercado e a assistência técnica específica, mas principalmente a falta de mão-de-obra de qualidade. Quanto se fala em arrecadação de tributos o modelo tupiniquim capitaneado pelo IBPT (3) diz que o país já passou da marca dos Dois trilhões e que o trabalhador brasileiro já pagou de impostos o equivalente a 140 dias de trabalho. Só que o conspícuo Instituto não diz que o total de pagantes é neste país é proporcionalmente pequeno em relação à população onerosa, ou seja, ganham até três SMs 160 milhões de pessoas ou por volta 79,02% (4) que tem baixo “poder aquisitivo”, sem contar que estes são os que realmente sustentam o Orçamento Estatal através dos famosos impostos de consumo (IPI e ICMS) (5). Se nós dividirmos dois trilhões de reais arrecadados pela população atual (205 Mi em 2015) (6), vamos nos surpreender com o resultado,  ou seja, um  valor ínfimo de R$ 97,56 por habitante/contribuinte, não sendo parâmetro de qualquer país.  O fato é que o neoliberal capitalismo existe desde Adam Smith (7) e nunca erradicou ou não erradicará a pobreza do mundo porque alega não ser este o seu papel, todavia ao longo de décadas em face da inevitável exaustão de sua potencialidade, pressionam o Estado para reivindicar cortes nas sagradas conquistas dos trabalhadores. E não fica só aí já que quando os próprios manipuladores do modelo sofre severamente seus próprios e maléficos efeitos obriga o Estado a socorrê-los, como aconteceu no E.U.A. em que o total do socorro no Governo Bush ultrapassava a US$ 2,6 trilhões (8). Sabe por que o modelo apresenta ainda estes perigos? Porque o mesmo nunca foi dotado de mecanismos de segurança para não criar tentáculos maléficos como as “bolhas financeiras e derivativos fictícios”, razão por que é sempre o Estado sua “tábua de salvação”,ou seja, em última instância, na verdade, quem paga é o contribuinte.

(1) http://geraldomagelamotacoelho.blogspot.com.br/2013/04/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html



(4) http://www.ibpt.com.br/noticia/1860/Populacao-que-recebe-ate-tres-salarios-minimos-e-a-que-mais-gera-arrecadacao-de-tributos-no-pais


(6) http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ 

(7) Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723Edimburgo, 17 de Julho de 1790) foi um filósofo e economista britânico nascido na Escócia

(8) http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/apos-crise-global-estourar-em-2008-bancos-receberam-socorros-bilionarios-13495994