Verdade
versus Condescendência Criminosa
Eu
não posso e não devo violentar minha consciência e capacidade de percepção,
tentando encobrir adredemente os sérios problemas um modelo tupiniquim
sabidamente falido por imitar outro global também impertinente por nunca ter
trazido ao mundo as benesses que sempre propaga, nem nos próprios países
defensores do neoliberalismo econômico representantes do modelo smithiniano, keneisiano
ou fridmaneisiamo (1). É um modelo que, além da concentração de riquezas e
poder de golpes e manobras para aumentar ainda mais as benesses dos mais fortes
(logro) “esquece” e não fiscaliza propositadamente as pretensas intenções de
segurança e prevenção de perigos em obras e serviços de empresas relapsas e “mal-
administradas”. Refiro-me à tragédia da mineradora de Mariana que a “mídia
também condescendente” confessa ser a maior catástrofe do Estado de Minas
Gerais. P’ra começo de conversa, acho que não foi maior só p’ra Minas, se não
uma das maiores do Brasil, ceifando vidas inocentes, sem contar a contaminação
e estragos duradouros que o fará por suas águas químicas contaminadas
despejadas no Rio Doce um dos mais importantes da Região Sudeste entre Minas e
Espírito Santo. É importante observar que os órgãos que seriam obrigados a
fiscalizar estes casos de forma integrada, ou seja, o próprio da Prefeitura
Municipal, dos órgãos ambientais e o da Engenharia do Trabalho não têm (ou não
querem ter!) servidores competentes para tal mister. Estes tipos de tragédias
se assemelham as da famosa Boate Kiss em Santa Maria no Rio Grande do Sul (2)
que matou (assassinou!) 242 pessoas, na sua maioria jovens entre 18 a 35 anos e
deixou feridos outras 682. É preciso aqui registrar que muito poucos
responsáveis por aquela tragédia foram punidos, em face de um “jogo de empurra”
entre as supostas autoridades para definir quem é reponsável “por o que”. Pode?
Neste arremedo de modelo neoliberal tupiniquim tudo pode! É só avaliarmos “a
qualidade” da maioria dos parlamentares que temos hoje no Congresso Nacional,
dos servidores do Executivo em nível nacional e, principalmente, dos municípios
brasileiros, cujos secretários e outros cargos em comissão são guindados a
cargos e funções por critérios políticos e de compadrio, sem preparo para tais
tarefas. Consequentemente, os reflexos da leniência imoral fruto do próprio
modelo se espalha p’ra todos os âmbitos dos Poderes, seja Executivo,
Legislativo e Judiciário. Um dos fatores que apressou o rebaixamento da
qualidade do desempenho do nosso Serviço Público, mesmo sendo as leis e a CF/88
(3) clara nesse sentido, foi a ausência adrede cada vez maior dos concursos
públicos, dos treinamentos e reciclagens dos servidores nos três âmbitos. O
pior de tudo é que temos as Dívidas (Internas e Externas) que antes estava em
50% (cinquenta) por cento do PIB nacional; com o aumento dos Juros Selic a
guisa de combater a inflação (aumento dos preços) estas vão chegar a quase 70%
do PIB. Todavia, a maioria do povo brasileiro não percebe que o aumento da
inflação foi provocado pelo aumento do petróleo. O golpe está em, querendo o
“comando hegemônico” quebrar os “não alinhados”, como, por exemplo, o Irã e
Venezuela, os países produtores de petróleo da OPEP, baixaram o barril de
petróleo a preços vís. Conseguindo o referido intento, volta então a hegemonia
aumentar repentinamente o preço da “comodity” para quebrar também os “não
alinhados” dependentes de importação do “ouro negro”, como é o caso da
Argentina e do Brasil em que a Petrobrás está importando a monstruosa diferença
não produzida. Com o repasse do aumento do preço do petróleo aos fretes tudo
aumenta (4), já que o petróleo é custo primário da nossa economia. A
dependência do petróleo externo sempre foi uma ameaça às economias mais fracas,
já que “todas as oscilações” lá de fora refletem drasticamente na atividade
interna dos países dependentes dessa “comodity” (5).
(3) Ver arts. 37, I, II e IX, 39 “caput”, § 1º, I, II, III e
LRF (LC 101/2000) art. 67, § 1º.
(5) http://www.significados.com.br/commodities/