Muitas
pessoas me perguntam se eu sou socialista. Eu digo que mais ou menos. Eu
explico. O liberal capitalismo tem muita coisa que são princípios saudáveis,
desde que cumprido com honestidade e patriotismo. E porque afirmo em primeiro
lugar com honestidade. Isto por que os grandes e alguns pequenos
empreendimentos são dirigidos. O que significa isto? Acho que o mundo
capitalista já ouviu falar que todos têm um preço. Ora, se a educação, a
moral e a ética do povo estão bem abaixo destes princípios de comportamento,
como podemos ter uma sociedade justa e socialmente equilibrada.
No
capitalismo impera os mais variados mecanismos sub-reptícios
econômico/financeiros para atingir o mesmo objetivo. Vejam vocês como foram
vendidas as nossas empresas estatais. Alias, as mesmas foram constituídas com
recursos financeiros que vieram de tributos, portanto sua venda por um preço justo visando
o benefício de outras áreas sociais constituem, mesmo assim, um esbulho ao povo.
É preciso denunciar que todas, sem
exceção, são alienadas através de Leilão tendenciosos, isto é, onde predomina a
má politica de governos títeres ou subornados, ou quando não (o que é muito
difícil) pelos acordos de vínculo de grandes créditos financeiros.
É
por que quase a totalidade de nosso povo acha que a regra do neoliberal
capitalismo é imutável. Ledo engano, já que se tudo se transforma, e o
neoliberal capitalismo, se assim podemos denominá-lo, esgota-se aos efeitos e
defeitos nefandos do crescimento das cidades, sem a sinergia do equilíbrio
entre o ecossistema e os seres vivos do planeta.
Vou
dar apenas um exemplo do mineral mais precioso do mundo no momento em face de
sua geração de energia e outros derivados de suma importância à indústria
química e farmacêutica. Ora se meu país possui grandes jazidas de petróleo de
boa qualidade (óleo fino) porque nós um país fronteiriço com nossos irmãos
latinos americanos vamos intentar artifícios mentirosos e falaciosos para invadí-lo,
pressionando a nos apoiar.
Aliás,
isto nem é capitalismo, já que é terrorismo capitalista. Outro exemplo é o caso
de projeto SIVAM na Amazônia. O que muitos não sabem é que “forças políticas e
financeiras internacionais”, afastando a França da concorrência, exerceram
pressão para emprestar 1,4 bilhão e impuseram outras várias condições.
O
caso da China, p. ex., foi muito “bem bolado”, ou seja, as forças capitalistas
financiaram um Programa de capitalização do país, aproveitando a imensa “Mão de
Obra” escrava para fabricar produtos “made in China”, todavia com etiqueta de
marketing das mais variadas empresas do mundo. Agora a China quer produzir e
vender diretamente os seus produtos no
mercado internacional, com certeza quebrando muitos países atravessadores à sua
grande produção.
E
os cartéis como se formam? Alias, os cartéis na verdade existem para atingir o
mesmo objetivo de um monopólio, ou seja, dominar o mercado, já que os preços e
condições são acordados por várias empresas.
Hoje vi pela manhã num dos importantes Canais de TV deste país, “apelos
conscientes e dirgidos” para buscar formas de solucionar as mazelas, quais
efeitos (e não causas) de um modelo esgotado e predador.
Quando
se fala em “distribuição de mais riquezas” como a “única solução” para
multiplicar e fortalecer a economia, os mentores do modelo se arrepiam e
continuam temendo a perda de mais rendas, valias e privilégios. Todavia a
mecânica do raciocínio é elementar, já que se um país aumenta o poder
aquisitivo do povo da base social certamente o mesmo não vai gastar em viagens
ao exterior e produtos de luxo e sim no mercado interno, consumindo mais
mercadorias e serviços, portanto criando mais empregos e oportunidade para os
mais pobres, redobrando ou triplicando o lucro e vantagens aos investidores.
A
França e a Espanha são tradicionais países que alternam governos socialistas e
nunca se ouviu falar que os mesmos de “formas autoritárias” saíram saqueando
e/ou sequestrando bens das classes mais ricas. O que se vê sim é uma persistente
posição para que os mentores dos capitais não tenham como única meta a busca
constante de cortes nas conquistas sociais para manutenção da condição holística do povo.
O
modelo sócio-capitalista do modo como foi concebido é “afunilador da pirâmide
social”, exaustivo nas riquezas minerais e vegetais, além de predador dos
recursos benéficos à vida na terra, buscando sempre o empobrecimento das nações
através de mecanismos de “política financeira concentradora”; usa da “mídia”
massificante para insistir na motivação ao consumismo às classes A e B, em que
todos os artifícios são acionados para sugar o meio circulante, tais como
cartões de crédito, empréstimos consignados, crédito pessoal e outras formas de
crédito, nunca, porém, optando pelo aumento do “poder aquisitivo” dos
trabalhadores.
Assim
como temos o “circulo vicioso da pobreza” temos também o “circulo vicioso da
riqueza”, ambos demonstrados acima.
Por
outro lado, um dos grandes crimes históricos cometidos contra as nações
periféricas, em especial as ocidentais e asiáticas, foi o “boicote” da
matriz viária ao transporte urbano de massa.
Curitiba,
por exemplo, com ruas e avenidas estreitas, sem o projeto urbano definitivo,
hoje com uma Região Metropolitana com um raio por volta de 100 (cem)
quilômetros e trés milhões de pessoas, manietados por grupos conhecidos do
transporte urbano aliados a dirigentes públicos cúmplices, não conseguiu
fazer sair do projeto o tão decantado trem metropolitano, mais conhecido como
Metrô e nem os trens elétricos periféricos rápidos e antipoluitivos (norte/sul
– leste/oeste), desafogando a locomoção das pessoas ao exemplo Argentina que os
possui desde 1913 ao tempo de governos menos subjugados ao capital externo.
No
Brasil a matriz viária baseada no modal ferro-hidroviário foi abortada pelas
multinacionais, já que a mesma iria reduzir os grandes investimentos (obras de
infraestrutura) em rodovias e principalmente o consumo de combustíveis a base
de petróleo.
No
que concerne à exaustão das florestas do mundo, vemos que seria totalmente
viável se os países em vez de repudiar a compras de madeiras de florestas
nativas deveriam produzir seus próprios reflorestamentos articiais,
contribuindo assim em parte com saudáveis condições climáticas do mundo.
Aliás,
por falar em florestar nativas, é bom que se lembre de que sua devastação
começou no sul do país quando a Southern
Brazil Lumber & Colonization Company, companhia de origem inglesa que, em
contrato com o governo brasileiro, detinha direito de ceifar às margens da
ferrovia, em 15 quilômetros de cada lado, todas as espécies de interesse à
comercialização internacional.
Além de um mau exemplo
deixado por aquela empresa inglesa aos colonizadores brasileiros, em especial
os do sul do país, ficamos privados das melhores espécies de “madeiras de lei”.
Por outro lado, se uma sociedade não
distribui condigninamente a riqueza, e, também, não mantém instituições públicas
com serviços gratuitos e de boa qualidade, a população ao chegar à pobreza
extrema, sem esperança e com maus arquétipos veiculados pela “mídia”,
certamente não tem outra opção a não ser abraçar a marginalidade e, daí, a
passos curtos à delinquencia e ao banditismo.
(Veronesi, I é um simples pensador)