segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O DIA MUNDIAL SEM CARRO


O dia mundial sem automóveis particulares é uma medida salutar? É, todavia é uma iniciativa tardia e insuficiente, já que amaioria das cidades do mundo estão inchadas, com agravantes de que as mesmas estão circundadas por regiões metropolitanas. É preciso que se diga, embora fira os interesses de grupos econômicos que produzem bens de capital e consumo ligados às estradas de rodagens e afins. Um país que se preze e não tenha governantes corrompidos, títeres, mal intencionados ou lesa-pátria jamais optaria por uma matriz extremamente rodoviária como é o caso do Brasil. Vejam todos que hoje temos cidades médias e grandes com excesso de veículos particulares, sendo que a maioria transita com uma única pessoa, ou seja, o condutor. Mas, a principal indagação que se faz é a seguinte: os governantes errraram em seu modelo viário? Claro que não! Errar é cometer um equívoco quanto à escolha de algo no campo social ou econômico, p. ex., não sendo o caso de governantes de um país que sabe perfeitamente se um ou outro projeto é indicado, eficaz e tem um custo menor ou maior. Segundo os especialistas em mobilidade urbana, entre cidades e zonas rurais, melhor transporte e o ferroviária e aquaviário justamente por que são mais impos e menos poluentes. Curitiba, p. ex., cidade agradável e limpa do ponto de vista ambiental, entrou neste primeiro século do terceiro milênio com uma superpopulação de veículos particulares, ou seja, um carro para cada 1,3 (um virgula três) habitante, portanto, segundo o IBGE e DENATRAN com a colossal cifra de 1.315.305 veículos. E porque isto aconteceu? Exatamente por que nunca tivemos transporte de massa de boa qualidade. Os veículos particulares devem ter como teto sem risco um terço da população das cidades, ou seja, numa cidades com um milhão de habitantes no máximo 350 mil veículos particulares. Quanto falamos em melhores meios de transporte como citamos na ordem de importância: primeiro o aquaviário, segundo o ferroviário e por último o rodoviário. Como habitante de Curitiba há mais de trinta anos que ouço falar na opção pelo trem metropolitano subterrâneo; embora seja limpo e eficaz o Metrô é um dos mais caros, já que exige inúmeras desapropriações, enornes e profundas escavações e concretagens, sem contar os trilhos e as locomotivas etc., que levam anos e até décadas para sua finalização. Mas qual é a melhor opção para Curitiba hoje com 1.750 (um milhão, setecentos e cinquenta mil)[1] habitantes na cidade e quase 3.000 (três milhões) na região metropolitana? Acho eu que seria e os trens elétricos de periferia norte/sul e leste/oeste e dispondo a urbe de boas e largas ruas e avenidas os trens aéreos que seriam sustentados por robustas colunas de concreto e um só trilho, com a possibildade ainda do aproveitamento do espaço em baixo para outras atividades urbanas.                                





[1] Estatística do IBGE – Cidades@, 2010.