domingo, 9 de outubro de 2016

O QUE PARECE MAS NÃO É...

TRANSPORTE URBANO DE CURITIBA


O transporte de passageiro de Curitiba foi idealizado por Jaime Lerner (1), utilizando as mesmas ruas e avenidas da cidade, apenas melhorando o leito das mesmas em canaletas exclusivas e utilização de ônibus mais modernos, mais compridos e de maior capacidade, conhecidos como “linguições ou frangos destroncados”. A bem da verdade e para não trair a consciência dos paranaenses de maior raciocínio e visão de futuro é bom que se diga que o modelo ainda em vigor foi bom para uma cidade com até um milhão de habitantes, mesmo assim apresentando muitos problemas de um transporte a petróleo poluente sobre o asfalto que tem a dividir os espaços com os veículos particulares, que na cidade de Curitiba chega 1.400 (um milhão e quatrocentos mil) unidades, também poluentes. Além disso, o modelo curitibano de transporte de passageiros tem suas “estações” (pontos) em forma de TUBOS, cujo projeto desde sua concepção e posterior implantação nunca considerou a saúde e bem-estar de seus operadores (cobradores) que ficam longas jornadas (6/8h) em ambiente fechado, poluído, debaixo de sol escaldante, sem possibilidade de ausência para suas necessidades fisiológicas, num autêntico descumprimento à CLT (1) e as Leis que regem a Medicina e a Engenharia do Trabalho! Pode? Claro que não! No entanto, o transporte de passageiro idealizado nos anos 70 rodou o mundo (na propaganda) como sendo o melhor entre os existentes. Lembro-me que há trinta anos passados tentei mostrar e denunciar estas mazelas de seu projeto, todavia as “forças contrárias” (todas aliadas) estavam a postos para rebatê-las. Como vêm é flagrante os prejuízos sobre o homem/trabalhador envolvido no transporte coletivo de Curitiba, todavia, por outro lado, os Sindicatos que deveriam estar protegendo seus afiliados e combatendo estas mazelas não o fazem. Hoje é um transporte superado que em horários de “picos” os ônibus, mesmo os mais modernos e espaços, apresentam superlotação, parecendo mais “sardinhas em latas” do que um transporte humanizado. Sem contar que é um Transporte Público "nas mãos" de quatro ou cinco famílias, portanto em desvio de finalidade, sempre exercendo "lobby" junto aos pseudo-políticos, em franca traição aos interesses públicos, onde a intransparência predomina; as "planilhas de custos", p. ex., incluem alguns "itens inconsistentes", todavia um inaceitável é o Imposto de Renda que deveria ser encargo tributário do "beneficiário da receita". Pode? Claro que não! No entanto, é uma "administração pública tupiniquim" no qual o povão paga tudo.  Demais disso, os candidatos ao cargo de Prefeito da Cidade, agora no segundo turno das eleições, ao fazerem suas propagandas não tem a coragem de dizer que é um modelo superado e finito. Nas condições em que se encontra hoje a cidade de Curitiba só um projeto de trens aéreos em robustas colunas de concreto, aproveitando as ruas largas e avenidas, bem como a periferia na extensão de 100 quilômetros, em segmentos norte/sul e leste/oeste.












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