sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

AS INCOERÊNCIAS DO MODELO...

                                 (As favelas brasileiras)

Os problemas destes aglomerados brasileiros são muito mais complexos do que simples instalações de UPs (Unidades Pacificadoras) para tomar posições estratégicas visando enfraquecer o tráfico de drogas e escorraçar os traficantes bandidos para outros pontos da cidade, como no caso do Rio de Janeiro. Há que se fazer nestes mega- aglomerados de pessoas padecentes de reurbanizações decentes, ou seja, moradas de alvenaria de boa qualidade com água tratada, luz e suprimento de alimentos, saneamento básico, assistência médica e outros benefícios sociais e principalmente de recuperação do homem neste país, se é que possível. Na verdade, no caso do Rio de Janeiro, a indicação de cunho sociológico teria sido não deixar a favelização tomar corpo, pois aí se acumula todo tipo de vícios e morbidade social, o que se deu a partir de 1900 quando da “libertação dos escravos” em 1888. Modelo e medidas improvisadas, já que os negros libertos, exceto as mucamas, perambulavam pela cidade sem preparo instrucional, sem dinheiro e sem teto e iam se incrustar nos morros ausentes de qualquer assistência do Estado brasileiro. O aumento avassalador de pessoas excluídas, hoje por volta de 80 milhões no país, sem preparo instrucional num modelo que nunca se preocupou em conseguir sinergia entre a mão-de-obra humana e as obrigações do Estado, só poderia trazer as sérias mazelas que hoje estamos enfrentando. (Veronesi, I.)

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